Manhã à Janela
Elas batem pires nas
cozinhas fundas,
Junto às bordas
calcadas da rua
Percebo as almas
úmidas das empregadas
Que brotam amuadas dos
portões.
As vagas da névoa
marrom me arremessam
Rostos contorcidos do
fundo da rua
E arrancam da passante
de saia enlameada
Um sorriso sem destino
que flutua pelo ar
E some junto à liinha
dos telhados.
Morning at the Window
They are rattling
breakfast plates in basement kitchens,
And along the trampled
edges of the street
I am aware of the damp
souls of housemaids
Sprouting despondently
at area gates.
The brown waves of fog
toss up to me
Twisted faces from the
bottom of the street,
And tear from a passer‑by
with muddy skirts
An aimless smile that
hovers in the air
And vanishes along the
level of the roofs.
ELIOT, T.S. "Morning at the Window" / "Manhã à Janela". In:_____ Poemas. Org. e tradução para o português: Caetano W. Galindo. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.