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21.6.19

William Soares dos Santos: "O novo modus operandi do mundo é o algoritmo"




O novo modus operandi do mundo é o algoritmo

O novo modus operandi do mundo
é o algoritmo.
Não mais aquele sentimento de
ser uma espécie que a biologia
constituiu em tempos primais,
nem a consciência que se instaurou
com o orgulho da modernidade,
mas as estatísticas que,
de agora em diante,
parecem conduzir
a nossa história
sem lances de dados.





SANTOS, William Soares dos. "O novo modus operandi do mundo é o algoritmo". In:_____. Três Sóis. São Paulo: Patuá, 2019.

22.12.18

William Soares dos Santos: "A força do desejo"



A força do desejo

A força
do desejo
se desfaz
tão logo
se saciam
as tensões
ferozes
do corpo
e dos

hemisférios

e no destino
dos braços
do tempo
os amantes
se perdem em

mistérios





SANTOS, William Soares dos. "A força do desejo". In:_____. Raro (poemas de Eros). Bragança Paulista: Editora Urutau, 2018.

3.9.17

William Soares dos Santos: "Quando a madrugada"



Quando a madrugada

Quando a madrugada
se
levanta

com todo
o seu esplendor,

ela pergunta
por minha
existência

e eu
não sei
o que digo.


SANTOS, William Soares dos. "Quando a madrugada". In:_____. poemas da meia-noite (e do meio-dia). Belo Horizonte: Editora Moinhos, 2017.
                                                                                                                                                                                                                             

12.3.17

William Soares dos Santos: Desdobrando um poema de Antonio Cicero"

Agradeço a William Soares dos Santos por me ter enviado um interessante "desdobramento" da minha letra "Inverno". Ei-lo:



Desdobrando um poema de Antonio Cícero,
por William Soares dos Santos (Rio de Janeiro, 02 de setembro de 2016)

No dia em que fui mais feliz,
eu me entreguei
na crístalo-retina
de tua alma,
de lá para cá não sei
onde encontrar o
meu corpo
sem o teu
tempo-coração.

Caminho ao longo do
canal
de minhas
entranhas plenas,
escrevo longas
cartas para
ninguém que
te reconheças
como eu,

em desvão.

O inverno
no Leblon é glacial,
como o tremor
de apenas
supor o teu 
abandono.

Há algo que 
jamais se esclareceu:
quando a noite
com seu fulgor
fez-me esquecer
onde exatamente
guardei o 
meu destino
destituído 
de senãos?

Onde guardei o leão
que sempre cavalguei
ao encalço de teu
último fado,
quase um
semi-deus?

Eu mesmo,
esqueci
que o destino,
quase sempre,
me quis só,
olhando o mar,
mente ao vertigo
anunciador
do sol
que nos consumiria
sem saudades,
sem amores,
barcos embriagados
em nossas circunstâncias,

mar, que de tanto sal,
conservou
as 
circunscrições
da existência em teu
perímetro,
altímetro.

Onde foi?




William Soares dos Santos

14.7.16

William Soares dos Santos: "um pássaro"




um pássaro


um pássaro não é o pássaro,
é um pássaro qualquer.

branco?
pode ser,
para combinar com o azul deste mar,
para ser livre como todos os ideais de vida.

livre como não sou,
livre como não sei o que é ser livre.

mas imagino,
tento,

um pássaro qualquer,
livre,
ser.



SANTOS, William Soares dos. "um pássaro". In:_____. Rarefeito. Rio de Janeiro: Ibis Libris, 2015.