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Uma falha da minha tradução resultou numa negligência interpretativa. É que traduzi “naderias” por “ninharias”. Ora, “naderias” vem de “nada”, enquanto “ninharias” vem de “niño”, isto é, “menino”, “criança”. A diferença não é inconsequente. Percebendo o erro, pensei em traduzir “naderias”, palavra que não existe em português, por “nonadas”. Mas “nonada” inevitavelmente traz o mundo de Guimarães Rosa à mente, o que normalmente não é ruim, mas não é adequado ao mundo do poema em questão. Além disso, o “nada” está muito “pesado” em “nonada”, enquanto que parece leve, quase leviano, em “naderia”. Como penso que todo o vocabulário latino – e, em particular, o das línguas latinas ibéricas – é praticamente todo, se quisermos, também nosso (feitas as devidas adaptações que, em alguns casos, são necessárias), resolvi propor a incorporação do substantivo “naderia” ao português, uma vez que ele é imediatamente inteligível pelo leitor. Feita essa alteração, corrigi, na resposta às observações do Aetano, também a negligência interpretativa mencionada acima.
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