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16.4.10

Sobre um e-mail de propaganda eleitoral enganosa a favor do PT




Ontem recebi um e-mail com um gráfico, alegadamente publicado na revista inglesa "The Economist", pretendendo mostrar a "superioridade" do governo de Lula sobre o de Fernando Henrique Cardoso.

Hoje recebi um e-mail do Marcelo Drummond, afirmando que a "The Economist" jamais publicou esse gráfico e mostrando que, ao contrário, a "The Economist" considera até que grande parte dos méritos de Lula se devem à continuação da política econômica de FHC. Como sou assinante da "The Economist", pude constatar que Marcelo Drummond está certo. As citações que ele faz estão corretas e o tal gráfico não passa de uma vergonhosa propaganda enganosa. Reproduzo em seguida o o e-mail do Drummond, assim como os dados espúrios do tal gráfico.






Caros amigos,

o e-mail abaixo, amplamente distribuído pela Internet, é um vergonhoso exemplo de PROPAGANDA POLÍTICA ENGANOSA. Ela mostra a que ponto é capaz de chegar o fanatismo e o oportunismo político, que mente com "boa consciência", pois pretende fazê-lo "para o bem" dos que engana.

O gráfico abaixo JAMAIS foi publicado pela revista THE ECONOMIST.

O que essa revista realmente afirma , no número de 14 de novembro de 2009, cuja capa diz "BRAZIL TAKES OFF", isto é, "O BRASIL DECOLA", é, entre outras coisas, que:

"Grande parte do sucesso atual do país deveu-se ao bom senso dos seus governos recentes, em particular o de Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2003, que criou um ambiente macroeconômico estável e previsível em que as empresas puderam florescer".

“Much of the country’s current success was due to the good sense of its recent governments, in particular those of Fernando Henrique Cardoso from 1995 to 2003, which created a stable, predictable macroeconomic environment in which businesses could flourish”.


E adiante:

"Entre 1990 e 1995, a média da inflação foi de 764% por ano. Aí um milagre de verdade ocorreu. Em 1994 uma equipe de economistas sob a direção do Sr. [ FH ] Cardoso, então ministro da fazenda, introduziu uma nova moeda, o real, que teve êxito no ponto em que as tentativas anteriores haviam falhado. No período de um ano o Plano Real conseguiu impedir aumentos de preços. Em 1999, o câmbio fixo foi abandonado pelo câmbio flutuante e o Banco Central se concentrou na inflação. [...] O atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, conseguiu receber grande parte do crédito pelo crescimento recente do país, crédito que talvez mais corretamente seja devido ao seu predecessor. No entanto, o feito de Lula tem sido manter as reformas que herdou e adicionar algumas de sua própria lavra -- o que não é pouco, dado que nos últimos sete anos seu próprio partido tem tentado arrastá-lo para a esquerda".

Between 1990 and 1995 inflation averaged 764% a year. Then a real miracle happened. In 1994 a team of economists under Mr Cardoso, then the finance minister, introduced a new currency, the real, which succeeded where previous attempts had failed. Within a year the Real Plan had managed to curb price rises. In 1999 the exchange rate peg was abandoned and the currency allowed to float, and the central bank was told to target inflation. [...] Brazil’s current president, Luiz Inácio Lula da Silva, has been able to take much of the credit for the country’s recent growth that perhaps properly belongs to his predecessor. Yet Lula’s achievement has been to keep the reforms he was bequeathed and add a few of his own. Not a meagre accomplishment given that for the past seven years his own party has been trying to drag him to the left.


Diga-se a verdade: O GRÁFICO ABAIXO É SIMPLESMENTE DESONESTO. O correto seria, onde se lê "Nos tempos de FHC", estar escrito "A situação herdada por FHC"; e, onde se lê "Nos tempos de LULA", deveria estar escrito: "A situação após os governos de FHC e de LULA".

A economia brasileira prosperou graças, além de outros fatores, tanto a Fernando Henrique Cardoso quanto a Lula. Negar isso é simplemsmente mentir.

E não nos esqueçamos de que, na época em que se implantava o real e se tomavam as primeiras medidas sérias contra a inflação, o PT se opunha sistematicamente a elas.


Marcelo Drummond



E-mail com os dados espúrios:
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Senhores,

Com isenção de ânimo e sem paixões políticas, conhecer indicadores sociais e econômicos publicados pelo Jornal "The Economist", comparando os Governos FHC e Lula.


A diferença é muito grande... é bom lembrar!!!


LEIAM O QUE FOI PUBLICADO NO JORNAL THE ECONOMIST
The Economist publicou!
Situação do Brasil antes e depois.
Itens

Nos tempos de FHC
Nos tempos de LULA

Risco Brasil
2.700 pontos
200 pontos

Salário Mínimo
78 dólares
210 dólares

Dólar
Rs$ 3,00
Rs$ 1,78

Dívida FMI
Não mexeu
Pagou

Indústria naval
Não mexeu
Reconstruiu

Universidades Federais Novas (sem contar com PROUNI)
Nenhuma
10

Extensões Universitárias
Nenhuma
45

Escolas Técnicas
Nenhuma
214

Valores e Reservas do Tesouro Nacional
185 Bilhões de Dólares Negativos
160 Bilhões de Dólares Positivos

Créditos para o povo/PIB
14%
34%

Estradas de Ferro
Nenhuma
3 em andamento

Estradas Rodoviárias
90% danificadas
70% recuperadas

Industria Automobilística
Em baixa, 20%
Em alta, 30%

Crises internacionais
4, arrasando o país
Nenhuma, pelas reservas acumuladas

Cambio
Fixo, estourando o Tesouro Nacional
Flutuante: com ligeiras intervenções do Banco Central

Taxas de Juros SELIC
27%
11%

Mobilidade Social
2 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza
23 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza

Empregos
780 mil
11 milhões

Investimentos em infraestrutura
Nenhum
504 Bilhões de reais previstos até 2010

Mercado internacional
Brasil sem crédito
Brasil reconhecido como investment grade


- Que este e-mail circule pelo Brasil inteiro.
- ESSE TEXTO DEVE-SE TRANSFORMAR NA MAIOR CORRENTE QUE A INTERNET JÁ VIU!!!