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2.2.14

Leopoldo Maria Panero: "A Francisco"





A Francisco

Suave como el peligro atravesaste un día
con tu mano imposible la frágil medianoche
y tu mano valía mi vida, y muchas vidas
y tus labios casi mudos decían lo que era el pensamiento.
Pasé una noche a ti pegado como a un árbol de vida
porque eras suave como el peligro,
como el peligro de vivir de nuevo.



PANERO, Leopoldo María. Last river together. Madrid: Ayuso, 1980.




A Francisco

Suave como o perigo atravessaste um dia
com tua mão impossível a frágil meia-noite
e tua mão valia minha vida, e muitas vidas
e teus lábios quase mudos diziam o que era o pensamento.
Passei uma noite a ti apegado como a uma árvore de vida
porque eras suave como o perigo,
como o perigo de viver de novo.