Mostrando postagens com marcador Oscar Wilde. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Oscar Wilde. Mostrar todas as postagens

12.8.12

Oscar Wilde: de "O crítico como artista"




Os seres humanos são escravos das palavras. Indignam-se contra o Materialismo, como dizem, esquecidos de que jamais houve melhoria material que não tenha espiritualizado o mundo e que tem havido poucos, se é que algum, despertar espiritual que não tenha desperdiçado as faculdades do mundo em esperanças estéreis e aspirações improdutivas, e crenças vazias ou estorvantes. O que chamam de “pecado” é um elemento essencial do progresso. Sem ele, o mundo estagnaria ou envelheceria, ou se tornaria sem graça.



WILDE, Oscar. "The critic as artist". In:_____. The works of Oscar Wilde. London: Collins, 1980.

26.4.09

Oscar Wilde: de "The critic as artist"

Trecho do diálogo "The critic as artist":



Nenhum poeta canta porque tem que cantar. Pelo menos, nenhum grande poeta o faz. Um grande poeta canta porque resolve cantar. É assim agora e sempre foi. Às vezes somos levados a pensar que as vozes que se ouviam na alvorada da poesia eram mais simples, mais arejadas, mais naturais que as nossas e que o mundo que os poetas primevos contemplavam e pelo qual passeavam era dotado de uma espécie de virtude poética própria que podia quase sem alteração passar à canção. Hoje a neve está acumulada no Olimpo e suas encostas íngremes e escarpadas estão ermas e estéreis, mas imaginamos que outrora os alvos pés das musas roçavam o orvalho das anêmonas pela manhã e, à noite, chegava Apolo para cantar aos pastores do vale. Mas com isso estamos apenas atribuindo a outras eras o que desejamos, ou cremos desejar, para a nossa. Nosso senso histórico é deficiente. Todo século que produz poesia é, na medida em que o faz, um século artificial, e a obra que nos parece o produto mais natural e simples da sua época é sempre o resultado do esforço mais autoconsciente. Creia-me, Ernest, não há belas-artes sem autoconsciência, e a autoconsciência e o espírito crítico são uma coisa só.



De: WILDE, Oscar. "The critic as artist". The complete works of Oscar Wilde. London and Glasgow: Collins, 1966.

27.3.07

Oscar Wilde: The Critic as Artist

Do diálogo de Oscar Wilde O crítico como artista (The critic as artist):

Ernest: Mas qual é a diferença entre a literatura e o jornalismo?
Gilbert: O jornalismo é ilegível, e a literatura niguém lê. É só.


Ernest: But what is the difference between literature and journalism?
Gilbert: Oh! journalism is unreadable, and literature is not read. That is all.