Não se pode economizar superlativos ao falar do poema a seguir; trata-se sem dúvida de um dos sonetos mais bonitos que existem:
Soneto da maioridade
O Sol, que pelas ruas da cidade
Revela as marcas do viver humano
Sobre teu belo rosto soberano
Espalha apenas pura claridade.
Nasceste para o Sol; és mocidade
Em plena floração, fruto sem dano
Rosa que enfloresceu, ano por ano
Para uma esplêndida maioridade.
Ao Sol, que é pai do tempo, e nunca mente
Hoje se eleva a minha prece ardente:
Não permita ele nunca que se afoite
A vida em ti, que é sumo de alegria
De maneira que tarde muito a noite
Sobre a manhã radiosa do teu dia.
MORAES, Vinícius. "Soneto da maioridade". In: Nova antologia poética. Org. p. A. Cicero e E. Ferraz. São Paulo: Companhia de Bolso, 2003, p.155.
1.5.07
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3 comentários:
Ah, poetinha, como ele nos faz bem...lindo poema...leve leve leve...amor.
grande cícero... tem sido legal acompanhar teu blog... abraços... luiz felipe leprevost...
nossa, cicero, arrebatador! após a leitura, me senti um garoto pronto pra aprontar (rs)!, cheio de energia colhida nesta bela quinta de sol no rio.
lindo lindo lindo!
grande beijo!
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