Ofrenda
Para que los dioses te fueran
Propicios, más de una guirnalda,
Romero, mirto, mejorana,
Les has tejido en primavera.
Cuando el invierno venga, ¿dónde
Tu mano ha de encontrar las hojas,
Tus ojos una luz sin sombras,
Tu amor su forma en cuerpo joven?
Esa pobreza es grata al cielo:
Deja a los dioses en ofrenda,
Tal grano vivo que se siembra,
La desnudez de tu deseo.
Para que os deuses te fossem
propícios, mais de uma grinalda,
alecrim, mirto, manjerona,
teceste-lhes na primavera.
Quando o inverno chegar, onde
tua mão encontrará as folhas,
teus olhos uma luz sem sombras,
teu amor sua forma em corpo jovem?
Essa pobreza é grata ao céu:
Deixa aos deuses em oferenda,
qual grão vivo e semeado,
a desnudez de teu desejo.
CERNUDA, Luis. "Ofrenda". In:_____. "Como quien espera el alba". In:_____. Poesía completa. Vol. I. Madrid: Siruela, 1993.
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