16.9.11
Alexandre O'Neill: "A meu favor"
A meu favor
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.
O'NEILL, Alexandre. No Reino da Dinamarca. Lisboa: Guimarães, 1958.
1958 – No Reino da Dinamarca, Lisboa, Guimarães
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Alexandre O'Neill,
Poema
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4 comentários:
Cicero,
Lindo!
Adriano Nunes
A meu favor, também.
en passant
sigo com os murros na ponta
da faca
com o sangue pinto flores
das mais coloridas
o sol lá fora é
aqui dentro a batida
está
a vida flui retesa
obrigado por perguntar
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