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A ponte da Boa Vista, Recife
Esta ponte não se curva
ante o império do rio:
seus braços de ferro
se erguem como trilhos
na partida de um trem subindo aos céus.
De longe,
a ausência do arco
une um lado a outro lado —
trança de espelhos
que no espaço se inscreve.
Grade que guarda o passeio —
gaiola aberta
peneirando a paisagem —
da Rua Nova à Imperatriz,
a menor distancia é a sua passagem.
Ponte das gentes, dos carros,
da visão de imensas flores:
gare de um céu que nos invade.
De: LEAL, Weydson Barros. "A ponte da Boa Vista, Recife" In: Poesia Sempre, nº 28, ano 15 /2008.
16.1.09
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24 comentários:
Cicero,
Lindo! ...eita saudade de casa! Mas tá chegando o dia!
Abraço!
Adriano Nunes.
Antonio,
Belo poema!
***SÊMEN***
Sem suas asas
Sem seus vôos
Sem seu som
Sem sua voz
Sem seus véus
Sem suas abas
Sem seus elos
Sem seus nós
Sem seu pai
Sem sua mãe
Sem sua luz
Sem sua paz
Sem suas mãos
Sem seus pés
Sem seu mel
Sem seu pau
Sem seu cais
Sem seu mar
Sem seu Sul
Sem sua Foz
Sem seus céus
Sem seus sóis
Sem seus vãos
Sem suas alas
Sem seu mal
Sem seu bem
Sem sua tez
Sem seu bis
Sem seu sim
Sem seu não
Sem seu ver
Sem seu vir
Sem seu tom
Sem seu caos
Sem sua vez
Sem seu fim
Sem você
Sem viver.
Beijos,
Cecile.
Antonio,
Desculpe a ousadia, mas acho necessária e concordo plenamente com você!
***VULVA*** (Para Antonio Cicero, esse homem lindo que sempre nos alerta sobre a necessidade de fazer o melhor para o poema!)
Ele diz que vulva é vulgar
No poema. Ele não pensa
Que o poema dispensa só
Lixo podre não reciclado,
Poetas sempre triviais,
Preguiçosos, cheios de si,
Pretendendo sempre fazer
Do poema sua vil pocilga.
Beijos,
Cecile.
Antonio,
Modifiquei o poema acatando uma sugestação do Adriano Nunes o qual me sugeriu trocar o segundo "sempre" por "dentro", que a palavra "dentro" dava ambiguidade ao poema e que não alterava a métrica e também melhorava a sonoridade e evitava uma repetição desnecessária do advérbio... né que gostei e mudei?! Eis o poema mudado:
***VULVA***
Ele diz que vulva é vulgar
No poema. Ele não pensa
Que o poema dispensa só
Lixo podre não reciclado,
Poetas sempre triviais,
Preguiçosos, cheios de si,
Pretendendo dentro fazer
Do poema sua vil pocilga.
Beijos,
Cecile.
observador,
bonito verso!
o rio da nossa aldeia, a ponte de nossa aldeia, a nossa aldeia, tudo é sempre maior quando é nosso (até para fernando pessoa, que é maior do que tudo, foi assim...)
lembrei da pequena ponte de ferro, vermelha, hoje miúda, ontem imensa, sobre o rio, indo em direção a catedral de alcantara em petrópolis. era uma ponte indestrutível vista por meus olhos iniciantes...
grande abraço!
Cecile,
francamente não sei o que fazer porque às vezes gosto mais da primeira versão. Deixo a seu critério. Aliás, vi agora que nem tinha lhe agradecido pela dedicatória. Obrigado!
Beijo
As cores
Nessa madrugada
Tem sons, sabores,
Que nem a chuva fina estraga
Nesse momento
Nada
Nem o desejo que eu não vejo
Na vida enviesada
Passa batido
E a flor tão delicada
Que reflete o teu sorriso
Fala mansinho
O devir em minhas veias
Quando estou contigo
Como o vento que leva a areia
Esculpindo formas
São penetráveis moldando o segundo
Materiais de que é feito o mundo.
Antonio,
Você tem razão: a primeira versão é tão boa quanto a sugerida por Adriano e estou agora atormentada. Ficarei com as duas: "sempre" e "dentro" do poema! Amo vocês dois e o poema merece ter várias faces, não acha? Adorei quando você disse que às vezes usava o seu poema "NOITE" com "pra" e às vezes com "sem"... e isso é mágico e grande!
Beijo imenso,
Cecile.
Antonio,
Talvez o Adriano não tenha percebido, mas quando eu escolhi o SEMPRE eu fiz uma migração de sílabas da palavra SEM(PRE) para (PRE)GUIÇOSOS e o inverso depois com (PRE)TENDENDO e SEM(PRE)... que ao meu ver também é delicioso, num jogo métrico e visual, não acha?
Beijos,
Cecile.
Querido Cicero, é como ser feliz ser citado por você. Grande abraço, W
CREIO QUE FALAR DE PONTES RECIFENSES DEPOIS DE CABRAL, É COMPLICADO, NO ENTANTO O POETA FALOU, E NÃO SE COMPLICOU.
Weydson,
com certeza nós ficamos mais felizes ainda de ler o seu poema.
Abraço
Levitei, por asas de anjo amparada,
Seguindo aquela extensa estrada
Que da terra, me levaria ao céu,
Ao encontro dos teus doces lábios de mel.
O caminho, reduzido pelo descer da lua,
Comandada por uma ordem tua,
Fez-me logo encontrar teu coração,
Que se atrevera a atirar-se com emoção.
E o encontro dos deuses aconteceu,
Meu coração se confundiu com o teu,
Ao som da lira de um ser celestial.
Comemorando a boda providencial.
O ar, impregnado pelo teu perfume,
Instigava-me a sentir ciúme
De todo ser existente no espaço.
Embalados, nossos corações ardentes,
Uniram nossos corpos quentes,
Eternizando os nossos laços.
WELPE
Lindo poema do Weydson.
Fico com a primeira versão do belo poema da Cecile, prefiro o "sempre".
Fora do tema:
Sinto falta da filosofia permeando a poesia. Atualmente visito o caminho de Descartes a Kant. Do cartesianismo ao criticismo, com o empirismo e materialismo juntamdo-se ao caldeirão.
Como chegar a Schopenhauer, Nietzsche, Foucault e Deleuze solitário como Prometeu?
Ok, é só uma tentativa, uma provocação. Mas fica uma pergunta, porque não há nada de Kant aqui?
Cicero,
Gostaria de fazer alguns esclarecimentos, se possível:
1) CECILE: eu percebi sim o deslocamento das sílabas em seu lindo poema, pois é um artifíco poético que quase frequentemente uso nos meus. E acho o poema belo desde quando ele era embrião, quando o vi pela primeira vez, numa conversa nossa pelo msn, quando você me mostrou o seu esboço. A minha sugestão apontava para outros sentidos, não só métrica, sons, deslocamentos silábicos ou fragmentação silábica. Sugerir algo não quer dizer que aquilo que está ali, perfeito, tenha que ser mudado: sugerir é ver que o poema em si já é tão dimensionalmente perfeito que é capaz de permitir outras variantes: esse é o lance do poema... e creio, dos bons poemas.
Lembro-me bem do nosso diálogo: "vou fazer um poema em homenagem ao poema do Cicero MERDE DE POÈTE*" aí vi o poema e disse-lhe assim: " Veja que o Cicero usou a palavra FUNDO a qual é solta no poema, pois não há nenhuma outra parecida com ela no poema, que não há fragmentação silábica, mas no entanto essa palavra faz sentido e é precisa no poema porque outras a sugerem como "visceral" "merda", algo de "DENTRO" para fora: o que lhe propus: que o SEMPRE era "permanente" em seu poema e "NÃO REPETITIVO" como você disse... Permanente é o que permanece, o que é constante, sem dinâmica, sem mudança. "DENTRO" reverenciaria o "FUNDO" isolado do poema do Cicero, assim como a própria "VULVA" isolada anatomicamente, pois VULVA não é VAGINA.
DENTRO DA VULVA, DENTRO DO POEMA, DENTRO DA POCILGA... mas lembro que não há como estar "dentro da vulva".
WEYDSON BARROS: seu poema é muito belo e não há sequer tentativa de imitação de João Cabral.Também não é complicado falar de pontes recifenses depois dele (João), pois até antes dele outros poetas pernambucanos, alagoanos,brasileiros, estrangeiros já o fizeram e lindamente e depois também, inclusive músicos, como o Chico Science*. Parabéns!
*MERDE DE POÈTE (in a CIDADE E OS LIVROS, de Antonio Cicero)
*RIOS,PONTES,OVERDRIVES (in DA LAMA AO CAOS, de Chico Science e Nação Zumbi)
Abraço forte!
Adriano Nunes.
Cicero,
"MINERVA" (Para Cecile Petrovisk)
Sempre dentro das estruturas
Cerebrais, dendritos, axônios,
Sinapses, sexo de neurônios.
Fora do Centro, prematuras
Travessuras de todo verso
Atravessam alegres páginas
Da Vida e nada determina
O que precisa ser inverso.
Que pretendes de mim, Minerva,
Com os teus presentes divinos?
Por que, meu coração, conservas
Preso a ti, se sou só menino?
Por que da dor não me preservas,
Se, viver prometi, no mínimo?
Abraço!
Adriano Nunes.
ADRIANO,
EU NÃO DISSE QUE HOUVE IMITAÇÃO, EU ELOGIEI O POEMA POR ACHÁ-LO BOM. A COMPARAÇÃO COM JOÃO CABRAL ENVAIDECERIA QUALQUER UM.
NENHUM SER VIVO FALOU DE RECIFE E DE SUAS PONTES COMO CABRAL.
O "CÃO SEM PLUMAS" É NO MÍNIMO, NO MÍNIMO MESMO, CINCO QUATRILHÕES DE VEZES SUPERIOR A CHICO E A NAÇÃO ZUMBI (DESCULPE, MAS A COMPARAÇÃO DESPROPOSITADA FOI SUA) DE MODO QUE FOI, É E SEMPRE SERÁ, UM FEITO, FALAR DAS PONTES RECIFENSES DEPOIS DO POETA DA CARA DE PEDRA.
O Contador do Tempo
Para Guimarães Rosa
MARCELO NOVAES.
TE FALEI DELE NO CRONÓPIOS.
SE GOSTAR PUBLIQUE NO TEU BLOG.
Eu estou sempre na grande escadaria.
Eu estou no barco de pau a pique, entre
as duas margens do Rio Pardo. Eu não
sou quente. Eu não sou frio. Eu aguardo.
Viro um copo de aguardente - num só
trago -, e te meço, de cima a baixo. Eu
não estou no topo, mas no meio. Não sou
vesgo, não sou torto. Nem, tampouco, feio.
Aciono teu medo por controle remoto, pois
já descobri o jeito.
Maneira estranha de estar no mundo, na
grande escada: distribuindo ervas e guirlandas.
Apontando estradas. Sempre com nova postura.
Muitas vezes, no agachado. Mas agora de pé, onde
me equilibro. Forte. Rijo. Forte demais pra pretender
só uma das margens do rio.
De onde estou - bem no meio -, eu reúno as duas.
Eu miro as margens, e as possuo. Comparo os passos
dos que passeiam dos dois lados. Conto sombras e
grãos de areia. Antecipo as correntes do rio com
meus olhos de vidro. Frios. Azuis.Um azul anil.
Se me olhar, de repente – à tua esquerda, nunca à tua
frente -, saiba: eu assobio. E acordo uma memória que
dormia em tua mente.
Eu estou sempre na grande escadaria. Não sou morno,
não sou quente. Pesadelo ou fantasmagoria. Não estou
no topo, mas no meio. E sei contar o tempo. Sem perder
segundo. E do rio - bem do seu meio -, eu sei o mundo.
Caro WELLINGTON GUIMARÃES,
Eu não disse que você disse que era uma imitação: EU DISSE QUE NÃO ERA E NÃO É UMA IMITAÇÃO DE CABRAL!!!
E MAIS:
1)QUEM DISSE A VOCÊ QUE ESTOU COMPARANDO POEMA COM LETRA DE MÚSICA E MÚSICA? EU SEI COMPARAR E SEPARAR GRANDEZAS DIFERENTES, OU VOCÊ ACHA QUE ALGUÉM COMPRA QUILÔMETROS DE FEIJÃO E PERCORRE QUILOS DE DISTÂNCIA?
2) FALAR DE RECIFE E DE SUAS PONTES, PODE-SE SER FEITO DE VÁRIAS MANEIRAS: POESIA, PROSA, MÚSICA, PINTURA, VISUAL, ETC...
3) "A COMPARAÇÃO COM JOÃO CABRAL ENVAIDECERIA QUALQUER UM."
- NÃO PROJETE O QUE VOCÊ SUPÕE SER PARA VOCÊ OU PARA QUEM QUER QUE SEJA. A VAIDADE É ALGO MUITO PARTICULAR E INTRÍNSECA DE CADA PESSOA E NEM TODO MUNDO É QUALQUER UM!
"NENHUM SER VIVO FALOU DE RECIFE E DE SUAS PONTES COMO CABRAL."
- VOCÊ DEFINITIVAMENTE PRECISA ENTÃO IR FAZER PESQUISAS, INTENSAS PESQUISAS...
"O "CÃO SEM PLUMAS" É NO MÍNIMO, NO MÍNIMO MESMO, CINCO QUATRILHÕES DE VEZES SUPERIOR A CHICO E A NAÇÃO ZUMBI (DESCULPE, MAS A COMPARAÇÃO DESPROPOSITADA FOI SUA)"
- A ÚNICA COMPARAÇÃO AQUI QUEM FEZ FOI VOCÊ. EU APENAS DISSE QUE AS PONTES DE RECIFE JÁ FORAM RETRATADAS POR VÁRIAS PESSOAS ANTES E DEPOIS E TODAS DE FORMA LINDA - NÃO DISSE QUE NEM MELHOR E NEM PIOR DO QUE JOÃO - QUE NÃO É COMPLICADO RETRATAR PONTES SEJAM DE RECIFE, LONDRES, VIENA OU "MACONDO" MESMO QUE QUALQUER OUTRO GRANDE POETA TENHA JÁ FEITO!
OU VOCÊ PERTENCE A UM TIPO DE PESSOA QUE SÓ ENXERGA UMA ESPÉCIE DO CONTENTAMENTO, DE INCAPACIDADE, DE QUE NADA PODE SER FEITO IGUAL OU MELHOR, RESUMIDO A FICAR A ADMIRAR E NÃO USAR DAS MAIS VARIADAS CAPACIDADES CEREBRAIS, ARTÍSTICAS, CULTURAIS, INTELECTUAIS PARA FAZER ALGO TER BRILHO E SER GRANDE?
- QUANDO CITEI A MÚSICA DO CHICO, QUERIA QUE VOCÊ SOUBESSE QUE ELA TEM UMA DIMENSÃO TÃO INTENSA, NA ÁREA A QUE ELA PERTENCE, RETRATANDO A CIDADE DE RECIFE COMO RECIFE É: NUA, CRUA - SEM A POESIA DE JOÃO!
- SOU DO CLÃ ONDE TUDO É POSSÍVEL NAS ARTES E NÃO ME CONTENTO COM LIGEIRAS IMPRESSÕES, MODISMOS, NEM CRÍTICA RASA SEM BASE SÓLIDA.
"Alguém multiplicava
alguém tirava retratos:
nunca seria dentro de meu quarto,
onde nenhuma evidência era provável."*
* Fragmento de "Poema Deserto" de João Cabral in "Pedra do Sono".
Abraço.
Adriano Nunes.
CREIO QUE FALAR DE PONTES RECIFENSES DEPOIS DE CABRAL, É COMPLICADO, NO ENTANTO O POETA FALOU, E NÃO SE COMPLICOU.
ESSE FOI O MEU COMENTÁRIO.
WEYDSON BARROS: seu poema é muito belo e não há sequer tentativa de imitação de João Cabral.Também não é complicado falar de pontes recifenses depois dele (João), pois até antes dele outros poetas pernambucanos, alagoanos,brasileiros, estrangeiros já o fizeram e lindamente e depois também, inclusive músicos, como o Chico Science*. Parabéns!
ESTE FOI O SEU COMENTÁRIO AO MEU COMENTÁRIO, SEM SEQUER SE REFERIR A MIM.
NÃO GOSTO DE DISCUSSÕES INÚTEIS, NÃO GOSTO DE NENHUMA.
QUANTO AO PESO E A MEDIDA, NÃO FAREI COMENTÁRIOS, PREFIRO ACEITAR SEU ABRAÇO, SEM NENHUM TIPO DE FALSIDADE, PORQUE NÃO SEI "PARECER" COMO HAMLET, PELO MENOS NESSE ASPECTO.
UM ABRAÇO,
WELLINGTON GUIMARÃES.
PODE ME CHAMAR SÓ PELO MEU NOME MESMO.
Caro WELLINGTON GUIMARÃES,
Realmente me baseei em seu comentário, mas observe que em nenhum momento citei o seu nome lá porque não me referi a você - tomei o seu comentário porque ele podia ser feito por qualquer pessoa (inclusive eu mesmo) que admire Cabral e suas referências poéticas às pontes de Recife. O que é mesmo complicado é dizer pelos outros o que os outros não disseram: em nenhum momento eu disse que Chico Science é melhor que Cabral, pois são até mesmo de áreas diferentes. Admito que fui um pouco deselegante em minhas respostas a você, mas seu segundo comentário soou irônico e eu apenas quis deixar claro que não fiz tais comparações.
Um abraço forte ( este é o meu melhor abraço, típico meu!)
p.s.: sou fã de Shakespeare, sim, mas não me deixo interpretar por Desdêmona e nem Gloucester.
"Lamentar uma dor passada, no presente, / é criar outra dor e sofrer novamente."
William Shakespeare
Adriano Nunes.
lindo!
beijos muitos
silvinha
Caro Pax,
você pergunta por que não há nada de Kant aqui. A resposta é simples: quero que qualquer leitor inteligente possa entender os textos que são aqui postados; ora, os textos de Kant, mesmo os curtos, são considerados difíceis por quem não estudou filosofia. Nem o vocabulário nem a sintaxe de Kant são "amigáveis", como se diz no jargão cibernético. Um poema, quando bom, pode ser lido e apreciado em vários níveis: desde o mais profundo e "difícil" até o mais "fácil" e superficial. Um texto de Kant só pode ser lido no seu nível, que é difícil para quem não estudou filosofia.
Abraço
lindo, lindo! cheiroso como cabral, como antônio maria falando da sua saudade do recife.
adorei! aliás, adorei como adoro tudo o que você aqui disponibiliza.
beijo, poeta porreta!
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