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pseudo blues
dentro de cada um
tem mais mistérios do que pensa o outro
uma louca paixão avassala
a alma o mais que pode
o certo é incerto,
o incerto é uma estrada reta
de vez em quando acerto
depois tropeço no meio da linha
tem essa mágica
o dia nasce todo dia
resta uma dúvida
o sol só vem de vez em quando
o certo é incerto,
o incerto é uma estrada reta
de vez em quando acerto
depois tropeço no meio da linha
De: SALOMÃO, Jorge. Mosaical. Rio de Janeiro: Gryphus, 1994.
O poema "pseudo blues" foi musicado por Nico Rezende.
15.9.08
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11 comentários:
CÍCERO,
"MEU MUNDO VOCÊ É QUEM FAZ..."
SEMPRE ÓTIMO PASSAR POR AQUI!!
ABRAÇO FORTE!
ADRIANO NUNES, MACEIÓ/AL.
Para o "falso blues" do Jorge, os últimos versos da "balada de um vagabundo" do Waly:
para o amor
um vício só somente só pra mim não basta
tá lotado, tá repleto de virtude e vício o meu céu
um galo sozinho levanta a crista e cocorica seu escarcéu
um vício só somente só é pura cascata
faço treze pontos, sou pule premiada do jogo do bicho
EU SOU O BEIJO DA BOCA DO LUXO NA BOCA DO LIXO
EU SOU O BEIJO DA BOCA DO LIXO NA BOCA DO LUXO.
(Hélio Oiticica)
Lembro que comprei o "Mosaical" há uns anos, em um sebo no centro do Rio. Não conhecia a fundo o trabalho do Jorge Salomão, só "Buraco negro" e algumas canções. Logo de cara, me apaixonei por esse poema. A forma como começa é de arrebatar. Depois soube que tinha música e comprei o disco "Virgem". Hoje em dia, não vivo sem os dois, a música e o poema. Impossível não lembrar de você e Marina. É a cara daquele LP tão marcante. Um beijo grande. Saudade.
tanã nanana
tutá tutu
A little devil told my mother, when I was born
A little devil told my mother, when I was born
If you are so hot a babie, I might blow like popcorn
Muito obrigado, Adriano. Aliás, está bem bonito o seu blog.
Abraço.
Me interno
No teu beijo terno
Me diga
Para onde voou
Abre asas
Voa
Meu infinito amor.
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