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Onde estão todos eles, os que há pouco
riam, cantavam, dançavam nos palcos
e bares da cidade antiga? Onde,
onde as falas e os beijos, nosso olhar
a tecer um passado que não passa
e quer guardar-se contra toda palha?
Onde o ombro do amigo para o medo,
a confidência e os sonhadores planos?
E aquela que partiu como um segredo
nas fogueiras acesas desses anos?
Como salvar das perdas nossos ganhos,
cantando os vinhos e as danças de antanho?
FERREIRA, Izacyl Guimarães. Altamira e Alexandria. São Paulo: Scortecci, 2013.
Um comentário:
Cicero,
Acho muito difícil fazer um ubi sunt depois de "Profundamente" do Bandeira, que acaba eclipsando qualquer tentativa. Mas esse escapa, é bonito!
Grande abraço
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