30.1.08

Inscrição no templo a Ísis, em Saís, no Egito

9 comentários:

Anônimo disse...

"Alguém conseguiu levantar o véu da deusa [Isis] em Saïs. Mas o que foi que viu? Viu – maravilha das maravilhas - a si mesmo!" [Novalis, "Os discípulos em Saïs" (1798).]

Unknown disse...

Tenho a cólera dos animais enfurecidos

O amor dos apaixonados e delirantes

A compaixão ardorosa dos santos

O olhar de um deus sobre a história humana

A dor dos homens quando pensam em si mesmos

E o entusiasmo de um menino que ignora a morte

Antonio Cicero disse...

Maravilhoso você ter lembrado do texto do Novalis, Edson.
Abraço,
ACicero

léo disse...

Não sei o que é melhor: a inscrição no templo ou o comentário de Novalis. Você tem noção de como o seu blog tem sido importante para todos nós?
bjs

Unknown disse...

Novalis é um poeta que li pouco. Mesmo assim, só em revistas. Há muitos anos, Rachel de Queiroz vinha saindo da José Olympio, quando encontrou o Manuel Bandeira e disse:"você não sabe o quanto a sua poesia é importante para nós". Foi isso que me veio à cabeça quando pensei no seu blog e na importância dele e dos comentaristas de plantão. Inclusive os mais malucos, borbulhando versos pelos sete buracos da cabeça em chamas.

Antonio Cicero disse...

Léo,

Muito obrigado. Você não sabe como me deixa feliz dizendo isso.

Um beijo,
Antonio Cicero

Anônimo disse...

salve cícero!

o desejo de levantar o véu faz de todos nós cavaleiros, soldados, tecedores da luz solar.

maravilha das maravilhas é estar aqui e agora, constantemente à beira do abismo que é o império de ísis.

abraço.

Anônimo disse...

Não somos nós que procuramos as palavras para nos alojarmos nelas. São elas que a todo instante, desde o eterno, estão a pular entre todas as formas de vida do mundo, a procurar abrigo e construir suas belas casas, por meio de relações extremamente equilibradas. Em algumas partes do Universo, encontram a plenitude da linguagem, exemplo máximo a natureza, os únicos poemas perfeitos que, em sincronia igual, quando as palavras encontram férteis casas, materializam-se naquilo que elas próprias significam. Os humanos, quase na sua completude, são os escombros resultados do abandono das palavras, quando elas passam por eles e não desejam habitá-los, por achar as casas demasiadas apertadas, areias movediças, não sendo possível o navegar fixo. É só nos humanos que as palavras existem apenas como um plágio infundado das palavras que na natureza, de tão plenas, se tornam orgânicas.

Anônimo disse...

Sou tudo o que é e foi e será
e mortal nenhum jamais levantou meu véu...

Interessante perceber como nunca antes como agora os mistérios procuram os acontecimentos,

porque por síntese humana é impossível conhecer a Verdade do Ser que não é aqui,

o desafio diante dos mistérios é guardar a revelação

e apenas perceber

na franquia humana

a importância de
quando penso que sou,
perguntar logo quem é.