4.10.21

Fernando Assis Pacheco. "Tentas, de longe"

 



Tentas, de longe



Tentas, de longe, dizer que estás aqui.

Com peso triste caminha na rua o Outono.

O meu coração debruça-se à janela

a ver pessoas e carros, e as folhas caindo.


Mastigo esta solidão

como quando era pequeno e jantava

diante dos pais zangados:

devagar, ausente.







PACHECO, Fernando Assis. "Tentas, de longe". In:_____. Cuidar dos vivos. Coimbra: Ed. do Autor, 1963.

3 comentários:

Alcione disse...


O amor não tem fronteiras
Às vezes desce pela beira
Algo engraçado
Que eu tenha encontrado
Sem querer
Alguém tão amado
Essa liberdade absoluta do ser
Quando cada segundo vale a pena
Pois, alma tão serena
És um diagrama
E eu aqui a matutar
Diante desse pergaminho
Qual rosa vou roubar
Para te dar.

(Para Antonio Cicero, pelo seu Niver, parabéns, felicidades e muita saúde!)

Antonio Cicero disse...

Obrigado, querida Alcione!
Abraços!

Anônimo disse...

Cícero, feliz aniversário com um dia de atraso rss.

A cobra do meu paraíso.

Beijos!!!