Na pele
O mar, venho ver-lhe a pele a rebentar
ao longo das falésias, o que sempre
me traz a exaltação desses rapazes que circulam
por Lisboa no verão.
O mar está-lhes na pele. Partilho
com eles os quartos das pensões, sentindo as ondas
a avançar entre os lençóis. Perco-me à vista
da pedra onde o mar vem largar a pele.
NAVA, Luís Miguel. "Na pele". In:_____. "Onde a nudez". In:_____. Poesia completa. 1979-1994. Org. por Gastão Cruz. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário