Londres
nunca cheguei a escrever um
poema sobre
a cidade ser à noite um carrossel
de luzes. nem outro sobre
a fotografia onde fiquei com ar
envergonhado. ou sobre o frio e
o passeio por Hyde Park, onde
pássaros vieram comer às tuas mãos
e eu deixei fugir alguns versos
só para te poder fotografar. ou sobre
a casa estilo vitoriano, que prometeu
ocultar todas as palavras que dissemos
um ao outro, quando ao deitar
nos encolhíamos debaixo de
vários cobertores e mesmo assim
tínhamos frio. ou o definitivo,
aquele que falaria sobre Greenwich
e o meridiano que me ensinou a importância
do tempo que sempre falta, principalmente
quando numa das pontes quis dizer amo-te,
mas havia um autocarro para
apanhar. e era já o último.
a cidade ser à noite um carrossel
de luzes. nem outro sobre
a fotografia onde fiquei com ar
envergonhado. ou sobre o frio e
o passeio por Hyde Park, onde
pássaros vieram comer às tuas mãos
e eu deixei fugir alguns versos
só para te poder fotografar. ou sobre
a casa estilo vitoriano, que prometeu
ocultar todas as palavras que dissemos
um ao outro, quando ao deitar
nos encolhíamos debaixo de
vários cobertores e mesmo assim
tínhamos frio. ou o definitivo,
aquele que falaria sobre Greenwich
e o meridiano que me ensinou a importância
do tempo que sempre falta, principalmente
quando numa das pontes quis dizer amo-te,
mas havia um autocarro para
apanhar. e era já o último.
DOMINGOS, Manuel A. Mapa. Torres Vedras: Livrododia, 2008.
2 comentários:
Lindíssimo poema.!!!
thanks a lot.Ab.Vinicius.
caro Antonio:
agradeço eu as suas palavras.
Um abraço deste lado de cá
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