Aparências
Não sou mais tolo não mais me queixo:
enganassem-me mais desenganassem-me mais
mais rápidas mais vorazes mais arrebatadoras
mais volúveis mais voláteis
mais aparecessem para mim e desaparecessem
mais velassem mais desvelassem mais revelassem mais re-
velassem
mais
eu viveria tantas mortes
morreria tantas vidas
jamais me queixaria
jamais.
CICERO, Antonio. Porventura. Rio de Janeiro: Record, 2012. (No prelo)
3 comentários:
Poeta,
uma bela composição em prol da liberdade de silenciar...
um beijo!
cicero,
espetacular! contando os dias para devorar o "porventura".
beijos,
arthur.
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