Conhecia estas duas outras traduções: "Se não esperar o inesperado não se descobrirá, sendo indescobrível e inacessível" (Trad: José Cavalcante de Souza. Pré-Socráticos. Ed. Nova Cultural.1996)
"Se não esperar, o inesperado ele não encontrará, pois é inencontrável e inviável" (Trad: Donaldo Schüler. Heráclito e seu dis(curso). L&PM. 2000.)
Achei bonito o final do comentário que D. Schüler fez sobre o fragmento: (...)"Se o encontro com o esperado se consumasse, os caminhos se apagariam, secariam os rios que navegamos e que nos atravessam, perderíamos sem recurso os cursos e dormiríamos embalados no silêncio das origens."
Temo o acaso, paranóico peço a Deus que me evite, deste que me apavora. Não naquele vôo que não embarquei, não tinha passagens, nem era o meu destino. Temo o meteoro que não vem. Não venha, não acabe com tudo.Temo a expansão, temo andar por calçadas que não conheço.Prefiro encolher, rezar, sobretudo, prefiro a imatabilidade do mundo.
Uma dúzia de rosas Dar-te-ei E em cada uma delas Em cada entrega Alguma coisa direi Coisas sem sentido Que trago comigo Há nada melhor no Mundo que o mar O mar que mareja Espelha a lua Enquanto o barco flutua Mesmo na escuridão Infinito em cada momento Vivido ou tido por Nas ondas do Arpoador.
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9 comentários:
Conhecia estas duas outras traduções:
"Se não esperar o inesperado não se descobrirá, sendo indescobrível e inacessível" (Trad: José Cavalcante de Souza. Pré-Socráticos. Ed. Nova Cultural.1996)
"Se não esperar, o inesperado ele não encontrará, pois é inencontrável e inviável" (Trad: Donaldo Schüler. Heráclito e seu dis(curso). L&PM. 2000.)
Achei bonito o final do comentário que D. Schüler fez sobre o fragmento:
(...)"Se o encontro com o esperado se consumasse, os caminhos se apagariam, secariam os rios que navegamos e que nos atravessam, perderíamos sem recurso os cursos e dormiríamos embalados no silêncio das origens."
Abraço.
Que maravilha!
Lírica
Adriano,
de fato, esse verso foi conscientemente inspirado nesse pensamento de Heráclito.
Abraço
Temo o acaso, paranóico peço a Deus que me evite, deste que me apavora. Não naquele vôo que não embarquei, não tinha passagens, nem era o meu destino. Temo o meteoro que não vem. Não venha, não acabe com tudo.Temo a expansão, temo andar por calçadas que não conheço.Prefiro encolher, rezar, sobretudo, prefiro a imatabilidade do mundo.
“Todo lo que diga está de más/ Las luces siempre encienden en el alma/ (…) Y yo no buscaba a nadie y te vi” (“Un vestido y un amor”, Fito Paez).
esperar o inesperado é desesperar?
observador,
fantástico!
Uma dúzia de rosas
Dar-te-ei
E em cada uma delas
Em cada entrega
Alguma coisa direi
Coisas sem sentido
Que trago comigo
Há nada melhor no
Mundo que o mar
O mar que mareja
Espelha a lua
Enquanto o barco flutua
Mesmo na escuridão
Infinito em cada momento
Vivido ou tido por
Nas ondas do Arpoador.
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