Eis a Ode I.38, de Horácio, seguida da tradução que ousei fazer:
Persicos odi, puer, adparatus,
displicent nexae philyra coronae,
mitte sectari, rosa quo locorum
sera moretur.
simplici myrto nihil adlabores
sedulus curo: neque te ministrum
dedecet myrtus neque me sub arta
vite bibentem.
Odeio, rapaz, ostentações persas
e não me agradam coroas de tília;
deixa de procurar em pleno inverno
rosas serôdias.
Que te baste de enfeite o simples mirto
é o que desejo: nem de ti servindo
destoa o mirto, nem de mim, sob farta
vide bebendo.
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8 comentários:
Cícero
Você lembra a vergonha que eu sentia por enviar poemas a um site de pensador, como o seu? Agora vejo muitos outros comentaristas que são poetas por aqui! hehehe
Léo,
também já me lembrei disso. E observo que você, que começou essa onda, quase não tem aparecido.
Abraço
Mexi naquele poema sobre o olhar
tudo
entre nós dois
é repentino
menos seu olhar
premeditado
tramado
urdido
amealhado
sem sutilezas
arremessado
Léo,
de fato, ficou mais bonito.
Welcome back!
Abraço
A dança da narceja para um amante desolado
à margem,
naquela tarde de votos elusivos
gaivotas espiavam o pélago brumoso.
na areia sob meus pés,
procurava, procurava.
encontrei um siri de casca rosada.
reações são perdidas em segundos.
à margem,
a brisa anuncia o bom tempo
bate, bate.
na crista da onda
não,
digo nada.
gaivotas desamparam o largo alvejado.
Enquanto isso, a narceja contempla a sorte de um amante desolado.
O pássaro canta com alegria
de manhã
Saúda o novo dia
Ah, quem dera
Fosse já primavera
E nós, atrás dos pássaros
Em fileira
Através da cordilheira
Sorvendo Ambrosia
Junto de Iansã.
tradutor,
poetas para todos os lados (lado de cima, lado de baixo, dentro, fora),
movimento constante, fluxo intenso.
*bonita tradução!*
o cotidiano virtual do seu blog é o máximo!
abraços!
também envio um meu:
CICATRIZES DO SAMBA
A saia
girava,
girava,
não vencia a gravidade.
E foi bem quando jurei
amizade
ao primeiro
vento
que ali ba-
tesse.
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