Busque Amor novas artes, novo engenho
Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
Que dias há que n'alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei por quê.
CAMÕES, Luís de. "Busque Amor novas artes, novo engenho". In:_____. Lírica. Org. por Massaud Moisés. São Paulo: Cultrix, 1981.
2 comentários:
<3
Igual
Em uma ilha
luz intermediária
chego logo
sem tardança
e feito criança
outro polo, meu colo,
Circunstância
Broto sutil
A mil,
Aspiração sem nenhum controle
É que nós
Sem Self
Unidos pelo coração
De supetão
Redescobrimos
Igual àquele dia
Sarraceno
nada obsceno
Satisfação.
Postar um comentário