27.2.20

Mário Quintana: "Canção da janela aberta"




Canção da janela aberta


Passa nuvem, passa estrela,
Passa a lua na janela...

Sem mais cuidados na terra,
Preguei meus olhos no Céu.

E o meu quarto, pela noite
Imensa e triste, navega...

Deito-me ao fundo do barco,
Sob os silêncios do Céu.

Adeus, Cidade Maldita,
Que lá se vai o teu Poeta.

Adeus para sempre, Amigos...
Vou sepultar-me no Céu!






QUINTANA, Mário. “Canção da janela aberta”. In: MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 2012.

Um comentário:

Alcione disse...

Boteco e praia

Vamos virar
o jogo direito
E retirar todo preconceito
Vamos seguir
E sem demora
Lá fora a rosa
Branca anuncia
O dia em que transborda
A aurora
O dia que mais queria
E que agora aflora.
E se amanhã
é boteco e praia
Eu estou aqui
Não fugi da raia!