30.9.15
Olavo Bilac: "Língua portuguesa"
Língua portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
BILAC, Olavo. "Língua portuguesa". In: BANDEIRA, Manuel. Apresentação da poesia brasileira: seguida de uma antologia. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
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Olavo Bilac,
Poema
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9 comentários:
Caro Antonio Cícero,
Parabéns pelo bom gosto na escolha dos poemas!
Leitor assíduo do Blog, tomo a liberdade de sugerir que, quando puder, publique algo de Kávafis ou Séferis, dois grandes da moderna poesia grega...
Saúde! E um abraço do
Geraldo.
muito obrigado. Quanto às sugestões, já postei nove poemas do Constatinos Caváfis (procure-o com essa grafia na lista na lista de marcadores). Mas realmente estou em falta no que diz respeito ao Seféris. Boa sugestão! Vou corrigir isso.
Abraço
Amado amigo Cicero,
feliz aniversário, felicidades máximas, paz e luz! Obrigado por ser meu amigo, por existir em minha vida! Viva! Viva!
Beijos mil,
Adriano Nunes
Aproveito para dar-lhe os parabéns, querido poeta.
Abraço imenso!
Cicero!
Parabéns pelo dia de hoje!
Vi no facebook do Arthur Nogueira. Aliás, grande parceria de vcs dois essamúsica que a Gal gravou!!! Ouvindo aqui direto!
Um grande abraço!
Querido Adriano,
muito obrigado! Tudo de bom para você também!
Beijos
Muito obrigado, querido Fred!
Grande abraço
Muito obrigado, querido Nobile José!
Grande abraço
CICERO, MIL PERDÕES!
É TARDIO MAS É DO CORAÇÃO: PARABÉNS!
POR TUDO E POR TUDO QUE AINDA VIRÁ. A SUA VIDA É ISSO: POESIA, SOL E MAR.
ENTENDER E COMPREENDER. AO MENOS TENTAR. O QUE NÃO CARECE DE COMPREENSÃO, REMEDIADO ESTÁ.
UM POETA IMENSO, DISTRIBUINDO AOS OLHARES UM CERTO SILÊNCIO PRECIOSO QUE INDAGA A FACE DE TODAS AS COISAS.
ABRAÇOS DO LEITOR FIEL
ARSENIO MEIRA
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