8.1.13

Ronald de Carvalho: "Epigrama"








Epigrama

Enche o teu copo, bebe o teu vinho,
enquanto a taça não cai das tuas mãos...

Há salteadores amáveis pelo teu caminho.
Repara como é doce o teu vizinho,
repara como é suave o olhar do teu vizinho,

e como são longas, discretas, as suas mãos...




CARVALHO, Ronald de. "Epigrama". In: BANDEIRA, Manuel (org.). Apresentação da poesia brasileira. São Paulo: Cosacnaify, 2009.

2 comentários:

ADRIANO NUNES disse...

Cicero,

belo poema! Aqui, um poema que fiz para você:


‎"Em que o sonho se desconhece" - Para Antonio Cicero

Vivo de alegrias se escrevo
E, de tédio, por ser eu mesmo.
Não sei mais o que ainda quero:
Propago em mim esse mistério.

Canto as horas e o mundo penso...
Que resta do raro momento
Em que o sonho se desconhece
Sonho e salta de vez à verve?

Por tudo, dai-me um outro verso,
Ó musas, dai-me o etéreo templo
Do que é eterno, o entendimento,
Por tudo, dai-me todo verso!


Abraço forte,
Adriano Nunes

Antonio Cicero disse...

Bonito, Adriano!

Parabéns e obrigado.
Abraço