28.12.10

Rubén Dario: "Ama tu ritmo..." / "Ama teu ritmo... : " trad. Antonio Cicero




Ama teu ritmo...


Ama teu ritmo e ritma tuas ações
sob sua lei, assim como teus versos;
tu és um universo de universos,
e tua alma uma fonte de canções.

A celeste unidade que supões
fará brotar em ti mundos diversos,
e, ao ressoar teus números dispersos,
pitagoriza entre as constelações.

Escuta essa retórica divina
do pássaro do ar e a noturna
irradiação geométrica adivinha;

mata essa indiferença taciturna
e pérola a pérola cristalina
engasta onde a verdade entorna a urna.




Ama tu ritmo...


Ama tu ritmo y ritma tus acciones
bajo su ley, así como tus versos;
eres un universo de universos
y tu alma una fuente de canciones.

La celeste unidad que presupones
hará brotar en ti mundos diversos,
y al resonar tus números dispersos
pitagoriza en tus constelaciones.

Escucha la retórica divina
del pájaro del aire y la nocturna
irradiación geométrica adivina;

mata la indiferencia taciturna
y engarza perla y perla cristalina
en donde la verdad vuelca su urna.



DARIO, Rubén. Y una sed de ilusiones infinita. Edición e introducción de Alberto Acereda. Barcelona: Lumen, 2000.

8 comentários:

Anônimo disse...

lindo, lindo !!!

ADRIANO NUNES disse...

Amado Cicero,


Lindo poema e excelente tradução! Bravo!


Abração,
Adriano Nunes.

Climacus disse...

"Conforme o conceito mais corrente de responsabilidade ética, se sou responsável por uma ação, e por seus efeitos, é porque a ação foi praticada livremente, ela e seus efeitos, são elementos de uma cadeia causal cuja origem foi um ato de minha vontade. Isso parece implicar que nenhum conjunto de fatos anteriores a minha decisão de praticar determinava inflexivelmente que eu a tomasse (...)em todos os momentos anteriores ao ato da minha vontade, tanto sua ocorrência quanto sua não ocorrência, tanto sua realização quanto sua não realização, eram fatos futuros contingentes". (Luis Henrique L. dos Santos, "Leibniz e os futuros contingentes").

Alcione disse...

Estrela Dalva

A estrela matutina
Descortina
E tem o rosto de menina
Doce e alva
Feito a estrela Dalva
Dança
entre salvas e canhões
Ouvem-se por ali
Ali, bem perto e longe,
Embriagada nos gestos
Enlevados dos nossos corações

Isaias de Faria disse...

belíssimo poema!!!

TF disse...

aEsse poema me deu fome. Li tão rápido que, no fim, suspirei. Coisa mais linda, Cícero. Acompanharei seu blog.

Beijo.

PS: que 2011 nos venha cheio de poesia!

Dalva M. Ferreira disse...

Rubén Dario é o cara. Feliz 2011!

Letícia disse...

Cicero,
obrigada por trazer poesia ao meu cotidiano.
Visitar seu blog faz meus dias mais bonitos.
Um feliz 2011!
Beijo
da
Letícia