28.6.09

Homero e as Musas

O seguinte artigo foi publicado na minha coluna da "Ilustrada", da Folha de São Paulo, sábado, 28 de junho.



Homero e as Musas


É COMUM O pressuposto de que tanto a consideração puramente estética da obra de arte quanto a autonomia da arte são fenômenos exclusivamente modernos. A verdade, porém, é que, paradoxalmente, já se manifestam modalidades de ambas entre os primeiros poetas gregos cujas obras chegaram até nós.

Como se sabe, os poetas arcaicos se consideravam inspirados pelas Musas, deusas que eles descreviam como filhas de outra divindade, a Memória. Normalmente, essa filiação é interpretada de duas maneiras. Por um lado, supõe-se que ela simbolize o fato de que os poemas preservavam a memória dos feitos originários da comunidade. Assim, o sentido da "Ilíada", de Homero, teria sido manter a memória da Guerra de Troia.

Essa interpretação, porém, é desmentida pelo fato de que a "Odisseia", por exemplo, nada tem a ver com fatos históricos. Ademais, Hesíodo, outro poeta arcaico, fazia suas Musas se gabarem de dizer "muitas mentiras parecidas com a verdade": o que dificilmente fariam, se pretendessem ser as guardiãs da memória do passado.

A outra interpretação se apoia no fato de que a poesia arcaica não era escrita, mas oral. Ela supõe que os poetas recitassem os poemas tradicionais que tivessem memorizado. A deusa Memória simbolizaria a memorização.

Entretanto, o estudo da poesia oral moderna mostrou que, ao recitar os poemas, os poetas orais primários não os repetem palavra por palavra, mas de modo criativo, num processo denominado "composition in performance" (mais ou menos "composição durante a apresentação"), no qual a memorização tem um papel limitado. De fato, Telêmaco, na "Odisseia", afirma serem tanto mais apreciadas as canções quanto mais novas.

Na verdade, tudo indica que os poetas consideram as Musas filhas da Memória, não porque os poemas por elas inspirados guardem a memória de outras coisas, ou porque sejam memorizáveis, mas porque são memoráveis. Já os primeiros poetas líricos, como Píndaro, jactavam-se de que a memorabilidade dos seus poemas conferia memorabilidade também às pessoas de que tratavam.

Mas por que o poeta faz questão de atribuir às Musas e não a si próprio a capacidade de produzir o memorável? Que Homero, por exemplo, faz questão disso, mostra-o a lenda, por ele relatada, do poeta Tâmiris, o Trácio. Atribuindo a si próprio a genialidade dos seus poemas, Tâmiris desafiou as Musas para um duelo. Tendo sido derrotado, as Musas lhe tomaram o talento e a visão.

No fundo, o poeta faz questão de depender das Musas porque tal associação o enobrece. Ele se considera o discípulo e o favorito das deusas. Assim, de certo modo, é como se delas descendesse. Homero faz Ulisses declarar que "entre todos os homens da terra, os poetas merecem honra e respeito, pois a eles a Musa, que ama a raça dos poetas, ensinou".
Com isso, o poeta conquista a liberdade de cantar, nas palavras de Telêmaco, na "Odisseia", "por onde quer que a mente o conduza". Se não tivesse sido atribuída origem divina às palavras do poeta, elas jamais teriam conquistado semelhante liberdade.

Há uma circularidade evidente no fato de que quem legitima a liberdade do poeta sejam as Musas, mas quem garanta a existência das Musas seja o poeta. Só a evidência de que ele esteja possuído pela divindade quebra tal círculo. Ora, a natureza da evidência de que as Musas possuem o poeta é sugerida pelos versos nos quais o poeta Teógnis afirma que as Musas cantavam "um belo poema: o belo é nosso, o não belo não é nosso".

A beleza dos poemas – que é o que os torna memoráveis – é prova de sua origem divina, e sua origem divina legitima a liberdade do poeta. Por direito, seus poemas são belos por serem divinos; de fato, porém, são divinos por serem belos.

Logo, a primeira preocupação do poeta não é fazer o poema "verdadeiro", mas fazer, por onde quer que, para tanto, sua mente – sua Musa – o leve, o poema inesquecivelmente belo, o poema memorável pela sua beleza; e a primeira exigência do seu público não é escutar um poema "verdadeiro", mas um poema cuja origem se encontre na dimensão da divindade ou, o que dá no mesmo, um poema que lhe dê prazer estético, pois o "cantor divino" é, como se lê na "Odisseia", aquele que "delicia ao cantar".

Uma vez que o puro esplendor do poema constitui a prova da sua autoria divina, nele as considerações morais ou religiosas se subordinam a considerações estéticas.
Se, como diz Goethe, os gregos sonharam mais esplendidamente o sonho da vida é porque -agora sou eu que o digo- sonharam sonhos de poetas e não de profetas, pastores ou sacerdotes.

17 comentários:

ADRIANO NUNES disse...

Grande Cicero,


Por isso, sou poeta. Que mais quereria desejar ser senão isso? Esta dádiva do pensamento onde as emoções podem fluir sem medo, sem explicação, sem ponderar coisa alguma, desvendando mundos, desatando nós, despertando sonhos, quebrando regras, lançando novas perspectivas, preservando a vida?
Que mais quereria senão todos os sons à disposição, todas as cores à vista, todos os ritmos à mostra, todos os sentidos prontos para terem outros significados, todas as impossibilidades dentro do coração?
Por isso, vivo ser poeta, para que a cada dia o universo fique transparente, lindo, leve, acessível, para que as pessoas perpassem tristezas, limites, muros, para que, mesmo em pranto ou alegria, o tempo passe protegido sob o véu da esperança, criando liames, fortuna que nunca acaba, felicidade sem fim.
Que mais almejaria senão todas as formas improváveis, todos os cantos invisíveis, todos os horizontes inacessíveis, bem à mão, toda a métrica alicerçando destinos, sentimentos, imagens, loucuras, devaneios?
Por isso sou poeta: para que o porvir venha sempre inesperado, súbito, feito a morte, feito um arco-íris, feito um piscar de olhos, feito o amor!

PARABÉNS PELO EXCELENTE ENSAIO! VOCÊ EXISTE OU É UM PROGRAMA DE COMPUTADOR? AMO-O!


BEIJO IMENSO,
ADRIANO NUNES.

ADRIANO NUNES disse...

CICERO,


MEU POEMA MAIS RECENTE:

"BEM DIFERENTE" - PARA A MINHA AVÓ - IN MEMORIAM.


Chegara em casa,
Ganhando graça.
Se tivesse asas,
Voava agora.


Entre palavras,
Surgindo sujo,
Como guinchava,
Quando brincava!


No lamaçal,
Uma alegria,
Um corre-corre,
Um carnaval.


Sem discrição,
Tudo cheirava,
Tudo espalhava,
As couves, favas,


As ervas bravas,
Verdes alfaces,
Vastas alfafas,
As alfavacas,


Entre as galinhas.
Que algaravia
Vinha da gente
Ao ver aquilo!


Vovô me disse:
- Do mato, o bicho,
Porco selvagem!
- Vocês não sabem?


Que aconteceu
Depois, não sei.
Se tivesse asas,
Voava agora,


Mas eu cresci,
Bem diferente:
Versos na aljava,
Livre do sonho


Perdido ali,
Quando brincava,
Em algazarra,
O javali.


ABRAÇOS,
ADRIANO NUNES.

Marcelo Pereira disse...

Antonio Cicero,

Adorei o artigo. Sempre me fascinou essa relação da Poesia com a Memória, tanto em sua função mais prática de facilitar a transmissão da memória nas culturas orais quanto esta outra mais sutil que você expôs, a de serem em si, memoráveis. Me lembra também o quanto que ainda há para aprender na mitologia grega.

Mas você não acha que este sonhar esplêndido também tenha sido vivencido por outros além dos gregos? Os Hai Kais, por exemplo, ou a poesia nórdica, que guarda algumas semelhanças com a grega?

Um abraço.

wilson luques costa disse...

Prezado Antonio Cicero,

Li muito rapidamente o seu artigo, e me fixei nas palavras de Goethe e no siginificante/significado ´divino´- que já li num tosco dicionário de latim como (se não me é falha a memória) aquele que prevê, ou seja : o profeta...
grato wilson

paulinho disse...

que coisa LINDA, cicero, que artigo!

ADOREI!!!

nele, no artigo, não há o que pôr nem o que retirar. tudo perfeitamente, milimetricamente, no seu devido lugar.

tão bom ler linhas como essas, meu querido... eleva a alegria, enche a alma de excitação e boas idéias.

OBRIGADO!!

beijo, bonitão!

paulinho disse...

meu flor (rs),

outra coisa a escrever:

li um comentário seu para mim, na seção de comentários do texto "sarkozy e a burca". vi a modificação e me sinto extremamente feliz por contribuir. porque você, com a sua lucidez, com o seu conhecimento, com a sua generosidade, contribui tanto tanto tanto na minha formação, é tão imprescindível... pensar em contribuir chega a ser, para mim, um privilégio, uma honra.

beijo beijo beijo!

Robson Ribeiro disse...

Olá Antônio!

Gostei muito do seu texto, é de fácil compreensão, extremamente simples, elegante e inteligente.

Tema fascinante.

Obrigado.

paulo de toledo disse...

Caríssimo Antonio, tudo bem?
Mudei de sítio.
Quando puder, me faça uma visita.
http://paulodetoledo.blogspot.com

Abbracci,

Paulo de Toledo

Anônimo disse...

Antonio,

Encantador ensaio! Parabéns!


Um poema, uma angústia:

***BRADO***


Pasto, a cada dia, um sentimento diferente.
Uma convulsão de sentidos dinâmicos sou eu.
Sofro. Estou convicta disso.
Sonho. Há dor só em olhar para o mundo
E, senti-lo, é provar da vida ao contrário,
É supor que o meu coração não parará,
Não terá que caber, involuntariamente, em mim.
Como calar, nesse momento?
Como destruir esse instante?


Preciso fugir dessa hora, desse corpo.
Preciso afugentar dos meus versos a minha alma.
De que me servem as mesmas idéias,
Os mesmos parâmetros, os mesmos transtornos?
Por que me trazem esses véus, essas vendas?
Hoje, parece que nada tenho,
Nenhum irmão,
Nenhum parente,
Nenhum amigo ou inimigo,
Nenhum amante desleal ou fiel.
Hoje, um frio, súbito, contorna a minha existência,
Uma parestesia insólita confunde-me e tateia as minhas dores,
Um tremor abraça as minhas dúvidas,
Uma febre embriaga as minhas angústias,
Uma vontade de vomitar meu ser me toma,
Um medo do porvir me apavora!


Ai! Ai! Onde está o silêncio agora?
Onde se encontra o papel em branco,
O lápis, o desejo de ter rascunhos, poemas?
Onde larguei os meus versos?
Por que não os rasguei?
Por que não os queimei, antes de lançar-me
Às pedras? Por que provei de mim
Quando me dei às cores, aos sons, às palavras,
À vida que nunca tive?
Ai! Ai! Por que eu quis conquistar o universo,
Abrindo todos os trincos das portas
Dos meus desassossegos?
Por que me pus a ler todos os livros,
Nas madrugadas de chuva?


Que sombras são essas?
Que vultos são esses invadindo meus pensamentos,
Que se atiram nos abismos do meu coração,
Que penetram nas gretas das minhas tristezas
E furtam o meu grito, a minha totalidade?
Que guerreiros são esses que tombam, ensanguentados,
Em frente àquele palácio de ouro e rubi,
Clamando por amores, delírios e vícios,
Com brados ardentes?
Que poetas são esses que me prendem no alto da torre
De neurônios, de sinapses mágicas,
Sem que a minha voz os alcance?


Desisto de tudo.
Fecho os olhos. Ou choro?
Não sei.
São somente fragmentos frágeis do meu espírito,
Frestas vulneráveis do que me penso,
Atormentando-me, nessa noite estrelada.


Há fogueiras acesas?
Há luzes. Sim, variadas luzes.
Preparo-me para o pranto.
Pronto: com que desculpa,
Vou-me proteger do devaneio voraz, devorador?
Há fogueiras acesas e as chamas caem do céu.
Há fogueiras acesas e o calor é vulcânico.
Preparo-me para o pranto.
Pronto: com que verdade
Apago as luzes?
Talvez, quando, à mesa, estiverem todos


( Quem está aqui? Sombras? Vultos?
Guerreiros? Poetas?
Eu?)


Quando, nas labaredas, arderem os espectros
Da paixão, os vestígios
Do destino,
Quando estiverem cansados de si mesmos,
Sentirei o que ainda?


Ai! Ai! Estou tonta!
Um navio? Outro mar? Ai!
Aquela gaivota não voa alegremente.
Que vento é esse? De onde vem?
Que barulho! Que enjôo de tudo!
O silêncio, onde escondi?
Em que baú? Em que gaveta?
Em que cofre, tranquei a minha vontade,
O meu impulso?
Quando chegaremos ao porto?
Quando atracaremos no velho cais?
Não vejo o cais.
Não vejo mais as gaivotas.
Estou tonta! Estou tonta!
Abro os olhos. Ou canto?
Silêncio,
Não posso despertar
A Górgona
Agora!


Beijos,
Cecile.

Flavio Barbeitas disse...

Prezado Antonio Cícero,

é a primeira vez que escrevo em seu blog. Gosto tanto dos seus textos que os utilizo frequentemente em minhas aulas. No caso de "Homero e as Musas", gostaria de fazer ao menos um comentário:
com relação à diferença verdadeiro/belo não acha que a sua argumentação acaba resvalando numa excludência talvez imprópria? Não seria possível considerar que já o modo de "preservar os feitos originários da comunidade" fosse ele mesmo necessariamente belo? Quero dizer que talvez os gregos não separassem a beleza de uma categoria, esta bem moderna, chamada "fielidade" aos fatos históricos. Se a necessidade de beleza viesse a "atrapalhar" a preservação da memória cultural e das tradições, esse é um problema que os gregos homéricos talvez sequer se colocassem - a verdade, para eles, talvez implicasse (devido ao próprio modo de enunciação poético) na beleza e não num resgate do que teria sido, "realmente", a história. Nesse sentido, uma pergunta: a constatação de a Odisséia nada ter a ver com fatos históricos é grega ou é uma descoberta posterior? Se for uma revelação de pesquisas modernas, ela nada tem a ver com o fato de os gregos estarem certos de fazer poesia e história, beleza e verdade, ao mesmo tempo. Talvez para a platéia de Homero a Odisséia fosse, no momento de sua recitação, a única verdade possível.
Um sincero abraço para você, cheio de admiração.
Flavio.

Marcelo Pereira disse...

Em complemento à relação verdade/beleza na antiguidade grega, levantada por FTB, talvez o Antonio Cicero pudesse comentar algo sobre a distinção para os gregos entre Mithos e Logos, que acho que tem a ver com isso. Abraços.

Héber Sales disse...

Caro Cicero,
um ensaio digno da Musa! Gostei muito.
Abraços,
Héber

Antonio Cicero disse...

Prezado Flavio,

Obrigado pela gentileza das suas palavras.

Penso que há, de fato, um fundamento no que você diz.

É claro que, na vida cotidiana, os gregos, como todo o mundo, separavam perfeitamente a verdade, no sentido prático dessa palavra, da beleza. Basta lembrar que, no canto xiv da Odisseia, o porcariço lembra que muitos andarilhos, querendo conquistar as graças de Penélope, contam-lhe uma história bonita e FALSA sobre Odisseu: mentem-lhe, no lugar de dizer a verdade (pseúdont’ ou ethélousin alethéa muthesasthai). É exatamente isso o que o próprio Odisseu faz, no canto xix, quando, incógnito, inventa para Penélope a linhagem e a vida do personagem que está encarnando. Lê-se então: “Ele falou, dizendo muitas mentiras parecidas com verdades”. Eram mentiras, pois Odisseu não era o que dizia ser; mas eram belas, pois fizeram Penélope chorar copiosamente. Logo, a beleza não está necessariamente ligada à verdade, pelo menos nesse sentido prático e universal da palavra. E, nesse sentido, não é concebível uma comunidade em que não vigore a distinção entre abeleza e a verdade.

Por outro lado, quanto à “fidelidade aos fatos históricos”, a situação é outra. O que ocorre é que, na cultura oral, não se tem como distinguir entre lenda e fato histórico. Nem o aedo testemunhou os fatos históricos (a cegueira de Homero o prova) nem há documentos independentes. Há a tradição oral mesma, os êpea cantados pelos aedos. Ao mesmo tempo, como observei, a tradição oral é constantemente modificada pelo processo da composition in performance. O aedo a cada momento reinventa o passado, a partir de fragmentos de relatos passados e de sua própria imaginação. A prova de que ele diz a verdade é que esteja possuído pelas Musas ou por Apolo; e a prova de que esteja possuído pela divindade é, como eu disse, a beleza do seu canto. Logo, o que é tomado como o mais verdadeiro é o exatamente o mais belo. Assim, a Ilíada, que foi o mais belo poema épico sobre a formação, na guerra contra Tróia, da Grécia, acabou sendo a verdadeira enciclopédia da cultura arcaica grega.

Quanto à Odisseia: Não só na Antiguidade grega, mas na sua mais remota Antiguidade, supõe-se que ela não seja histórica. Já em Hesíodo, quando, na Teogonia, as Musas dizem “sabemos dizer muitas mentiras parecidas com a verdade”, supõe-se – penso que com razão – que elas estejam aludindo exatamente à Odisseia. Por que? Porque esse verso mesmo se refere ao que acima citei, sobre Odisseu. Ou seja, Hesíodo poeticamente comenta que, na Odisseia, as Musas não dizem a verdade.

Flavio Barbeitas disse...

Muito obrigado, Cícero, pela oportunidade do diálogo. Você sintetizou, com o brilho de sempre, muitas das coisas que pretendi expressar, não sei se com sucesso. Acho também - evidentemente sem tanto conhecimento do assunto - que numa cultura oral, em se tratando de tradições e da memória cultural, deve ser difícil, se não impossível, estabelecer uma diferença entre a narrativa e o fato narrado.
Por esse motivo, não sei se é viável a permanência da distinção entre o poema ser, em si mesmo, memorável e "guardar a memória de outras coisas". Já à outra distinção que você fez, entre memorável e memorizável, eu não saberia formular uma crítica. Penso, todavia, que a "composition in performance" não signifique uma livre criação, ou seja, ela de algum modo depende de uma "composição" (história) prévia que, por sua vez, depende de memorização. Nesse caso, a alusão às Musas feita pelo poeta pode ter o duplo sentido de ajudá-lo a se lembrar da composição e de "inspirá-lo" na, digamos, improvisação. Talvez aí memorável e memorizável também não se excluam totalmente, embora, seja importante, como você fez, marcar as suas diferenças.
Um abraço,
Flavio.

Antonio Cicero disse...

Fábio,

esses assuntos são detalhadamente estudados por mim no ensaio "Epos e muthos em Homero", do livro Finalidades sem fim.

Abraço

Jefferson Bessa disse...

as propriedades do que seja um poema memorável, do belo de um poema...muito bom. Valeu pelo texto, Cicero!

um abraço.

Unknown disse...

concordo que a poesia não é um segredo dos deuses mas que a poesia vem da alma por que os poetas tem uma maneira simples mais diferente de entender e escrever a nossa realidade.