20.3.09

António Gamoneda: "La vida..."

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La vida es un error lleno de cosas maravillosas -- la amistad, el amor --, pero un error. Ir de la inexistencia a la inexistencia es un asunto raro, ¿no? Y esto a mí no me parece metafísica. Son hechos.


De: GAMONEDA, António. In; MARCOS, Javier Rodriguez. "Gamoneda vuelve a la guerra". El País. Madrid, 7/3/2009.

9 comentários:

Aetano disse...

Que beleza, Cicero!

Agradecido.

Aeta

ADRIANO NUNES disse...

Cicero,

Apelo de um leigo: pode traduzir??? você já sabe que não sei nada,absolutamente nada de espanhol... ao menos para eu ter noção do que está sendo dito!


Abraço forte!
Adriano Nunes.

Antonio Cicero disse...

Adriano,

ele diz:

"A vida éum erro cheio de coisas maravilhosas -- a amizade, o amor --, mas um erro. Ir da inexistência à inexistência é um assunto raro, não? E isso não me parece metafísica. São fatos".

Abraço

Janaina Amado disse...

Delícia de texto! E verdadeiro.

ADRIANO NUNES disse...

Cicero,


Muito obrigado!


Abraço forte!
Adriano Nunes.

Anônimo disse...

Caro Cícero,

Visão mais física do que metafísica da vida que se faz por tentativa e erro. Tem toda a razão Gamoneda: vir do nada e ir para o nada, ou seja, da inexistência para a inexistência,é a vida que nos cabe: há que aproveitar o que de maravilhoso ela nos oferece (se oferecer).

Obrigado a si e a Gamoneda por este filosofema.

Domingos da Mota

Climacus disse...

tudo bem que ninguém mais quer saber de metafísica, deus então, nem pensar, mas, perturba-me uma questão de Aristóteles, lá pelas tantas de sua Metafísica ele afirma que "deus é um vivente eterno" (1073a). Se o que é eterno não está sujeito à geração e à corrupção, a vida seria o espaço inexistente entre as coisas existentes? o tempo de um sorriso?

Anônimo disse...

Mesmo partindo da questão de Aristóteles, na sua Metafísica, «deus é um vivente eterno», e acreditando que deus existe,isso, quanto a mim, não invalida o filosofema de Gamoneda, dado que deus não está sujeito à entropia, e nós, viventes-existentes transitórios, estamos,e viemos da «inexistência e iremos para a inexistência.
Um simples ponto de vista, naturalmente sujeito a disputatio.

Domingos da Mota

Climacus disse...

Pois é, não acho que a proposição de Aristóteles seja a negação do filosofema de Gamoneda, mas, gosto da ideia de um presente fora do tempo e cheio de vida, para o qual possamos sempre "voltar", veja o que diz Bergson: "Meu presente é aquilo que me interessa, o que vive para mim e, para dizer tudo, o que me impele à ação, enquanto meu passado é essencialmente impotente" (Bergson, Matéria e memória, 113).