RUMBLE FISH
ao Marcos Prado
riso zero
olhar de rinha
encaro o espelho
o cara não diz nada
olhar de ringue
beiço punk
não digo uma palavra
tipo sangue ruim
com pose junkie
viramos a cara
nos damos as costas
como quem não volta
De: CORONA, Ricardo. "Aguafuerte". In: Corpo sutil. São Paulo: Iluminuras, 2005.
5 comentários:
Que beleza verler o poetamigo Ricardo Corona por aqui, AC! Não poderia esperar menos. Um forte aBrossa!
Gostei de ter conhecido!
:)
observador,
já está o nome do poeta Ricardo Corona na lista das variedades que devo conhecer.
mais uma vez, acréscimo e proveito para mim. obrigada!
grande abraço,
bacana demais, cicero!
adorei o jogo de palavras, as imagens criadas, o despojamento do texto, quero dizer, a sua coloquialidade, o tema em questão e o título. tudo bonito!
sabe quem surgiu de pronto na minha memória, durante e após a leitura dos versos? o meu querido cazuza, o caju mais gostoso que já conheci (rs). e, imediatamente após a lembrança do cazuza, visita-me o meu outro querido, amado e idolatrado, caio fernando abreu.
maravilha, só bamba como companhia!
um beijo grande nocê!
valeu pela descoberta!
Antônio Cícero, sou teu fã desde que li o Verdade Tropical de Caetano, desde então, passei a ler vosso trabalho com tal zelo. Curiosamente também sou graduado em filosofia, e vez ou outra, quando o tempo permite, me demoro em escrever, rabiscar alguns devaios solitários. Convido-te a visitar meu blog, decerto gostarás, porque lá costumo anexar meus trabalhos apresentados, poemas, e congêneres. Como creio que a tarefa da filosofia, aqui lembrando o Mago, relaciona-se ao problema do logos, da mímeses, e da desocultação, portanto, me inquieta assim a problemática da barbárie, que ao meu ver, é a sinonímia da civilização. (www.osonetista.blogspot.com)
P.S: Adorei a tua interpretação no Cinema falado, Setembrini e Nafta, ótima questão para um artigo.
Abração Cícero.
Ivan Pessoa
São Luís-MA.
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