Indo
Há uma noite a chegar
Através dos campos, uma jamais antes vista,
Que não acende lâmpadas.
Sedosa parece à distância, contudo
Quando encobre os joelhos e o peito
Não traz conforto.
Aonde foi a árvore, que prendia
A terra ao céu? O que está sob minhas mãos
Que não consigo sentir?
O que pesa em minhas pensas mãos?
Going
There is an evening coming in
Across the fields, one never seen before,
That lights no lamps.
Silken it seems at a distance, yet
When it is drawn up over the knees and breast
It brings no comfort.
Where has the tree gone, that locked
Earth to sky? What is under my hands,
That I cannot feel?
What loads my hand down?
De: LARKIN, Philip. Collected poems. Org. Anthony Thwaite. London: Faber and Faber, 1988.
16.8.08
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6 comentários:
A madrugada resplandece
Enquanto a noite clareia
Lua cheia
Sua luz tão diferente
Comove agente
Parece que tudo vira tudo
E nada vira nada
A canção, uma toada
De passarinhos
Canta a dor de uma saudade
(Ou a dor de uma verdade)
Tudo ao som de violinos
Sinceros como os meninos.
Lá vem a noite, pelos campos, noite nunca vista, que não acende lâmpadas
De longe parece sêda, mas quando cobre o joelho e o peito, não traz conforto
Tentando fazer o poema ficar mais abrasileirado... sei lá. Muito louco traduzir, né? Que legal que você tá pondo essas experiências no ar... põe mais!!! Belo poema, aliás. Noite que não acende lâmpadas é genial...
sabe cícero/sinceramente/eu sinto/como quem mente/tão rápido/sem alarde/de repente/que essa noite/com sorte/brilhe eternamente.
Go beyond...
Gostei do blog e do poema.
I'm going now but I'll be back for sure.
Grande abraço.
Minha mãe completa setenta e dois anos amanhã.
Faço quarenta e nove daqui a alguns dias.
A estrada é larga quando olho para trás.
À minha frente, apenas nuvens, pó, limalha e extermínio.
Ao meu lado, o medo pânico de perder a consciência.
Morrer e não achar mais nada.
Morrer para não existir.
Deixar de ser.
Amanhã vou almoçar com minha mãe.
Setenta e dois anos desde o seu aparecimento.
Quarenta e nove após o meu.
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