Canto XXIII:
Desafogo
a Sérgio Luz
A ameaçar as
naves do regresso
enquanto os
deuses se distraem
o combate
prossegue implacável,
os dardos e o
bronze a perfurar
órgãos
membros e sobretudo a pele
que sonhava
acostumar-se a brisas sóis olhos ardentes.
Antes morrer
de vez ou viver
que
desgastar-se feito agora ante os navios
contra homens
ignóbeis
CICERO, Antonio. "Canto XXIII: Desafogo". In:_____ Guardar. Rio de Janeiro: Record, 1996.
2 comentários:
Jardim
Infinitos cinzéis
Para compor uma melodia
Que traga o raiar do dia
Mesmo com tal nostalgia
A florada, nesse tempo,
é uma maravilha
e melhor as frutas que virão
Tão doces quanto teu coração
Serão uma festa
E quando a lua aparecer majestosa
Em toda madrugada, no quintal,
do seu jardim
Será que vai se chatear quando vir o sol
A navegar em pleno mar
Correndo a saltar
Pelos mares de Gibraltar
Mas aqui já é meio-dia e
Destarte uma cotovia, toda prosa,
Canta para além do belo, um elo.
A beleza da esperança antes de tudo.
Postar um comentário