2.9.21

Antonio Cicero: "Canto XXIII: Desafogo"

 



Canto XXIII: Desafogo

                                      a Sérgio Luz                   

 

A ameaçar as naves do regresso

enquanto os deuses se distraem

o combate prossegue implacável,

os dardos e o bronze a perfurar

órgãos membros e sobretudo a pele

que sonhava acostumar-se a brisas sóis olhos ardentes.

 

Antes morrer de vez ou viver

que desgastar-se feito agora ante os navios

contra homens ignóbeis






CICERO, Antonio. "Canto XXIII: Desafogo". In:_____ Guardar. Rio de Janeiro: Record, 1996.

2 comentários:

Alcione disse...

Jardim

Infinitos cinzéis
Para compor uma melodia
Que traga o raiar do dia
Mesmo com tal nostalgia
A florada, nesse tempo,
é uma maravilha
e melhor as frutas que virão
Tão doces quanto teu coração
Serão uma festa
E quando a lua aparecer majestosa
Em toda madrugada, no quintal,
do seu jardim
Será que vai se chatear quando vir o sol
A navegar em pleno mar
Correndo a saltar
Pelos mares de Gibraltar
Mas aqui já é meio-dia e
Destarte uma cotovia, toda prosa,
Canta para além do belo, um elo.


K disse...

A beleza da esperança antes de tudo.