9.3.21

Lord Byron: Poem 72 of Canto III of Childe Harold / "Poema 72 do Canto III de Childe Harold: trad. por Augusto de Campos

 


Do Canto III


                      72


Não vivo por mim mesmo. Sou só um

Elo do que me cerca, mas se a altura

Das montanhas enleva-me, o zum-zum

Das cidades humanas me tortura.

A criação só errou na criatura

Presa à carne, onde paro, relutante,

Buscando, libertada a alma pura,

Mesclar-me ao céu, aos montes, ao ondeante

Plaino do oceano, às estrelas, e ir adiante.







From Canto III



                          72



I live not in myself, but I become 

Portion of that around me; and to me 

High mountains are a feeling, but the hum 

Of human cities torture: I can see 

Nothing to loathe in nature, save to be 

A link reluctant in a fleshly chain, 

Class’d among creatures, when the soul can flee, 

And with the sky, the peak, the heaving plain 

Of ocean, or the stars, mingle, and not in vain. 








BYRON, George Gordon. "72 from Canto III of Chlde Harold" / "72 do Canto III de Childe Harold..In:_____. Entreversos. Trad. de Augusto de Campos. São Paulo: Unicamp, 2009.




Um comentário:

Alcione disse...

Nesse momento
Vos podeis adivinhar
Porquê retardar
E não estás
Ao teu lado ou longe
Pela vida a fora
E quando acordar
E uma montanha de sonhos
Imersos no teu banho
Porque
Não singrar pelos mares
Albastros
O vento e muito?