Soneto de Lúcia
Luzes lançam-se agora na ribalta
Sobre a querida Lúcia, que, no meio
De uma guerra, nos leva a um devaneio:
Sonhar que a vida pode ser mais alta.
Venha ao Leblon, Marcel, chegue, Rimbaud,
Conosco se irmanando nesta ceia.
Nós somos, pois a arte nos salvou,
Ulisses sem naufrágio de sereia.
Vagamos, marinheiros veteranos,
Ainda assim ansiosos na aventura
De renascer além de tantos danos,
Festejando a alegria do que dura.
E, revogadas as leis em contrário,
Um viva à diva, em seu aniversário.
Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2021
Antonio Carlos Secchin
Um comentário:
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