10.4.20

Luís Miguel Nava: "Basalto"




Basalto


Agora que se o mar ainda
rebenta é por acção da memória, arrancam-me
basalto ao coração ondas fortíssimas.

Ainda o vejo às vezes por aí, olhamo-nos
então como se à boca
nos viesse o sabor do nosso próprio coração,
mas pouco há a dizer acerca disso.





NAVA,  Luís Miguel. "Basalto". In:_____. "Como alguém disse". In:_____. Poesia completa: 1979-1994. Lisboa: Dom Quixote, 2002.

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