16.12.12

Friedrich Nietzsche: § 157 de "Além do bem e do mal": trad. de Paulo César de Souza





157
O pensamento do suicídio é um forte consolo: com ele atravessamos mais de uma noite ruim.



NIETZSCHE, Friedrich. Além do bem e do mal. Prelúdio a uma filosofia do futuro. trad., notas e posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.







8 comentários:

Anônimo disse...

CAUSA SUI-CIDA

Me vê uma dose
de cirrose homeopática.

Uma xícara de câncer
branco e doce

para meu sangue
carregar foice

de mil células,
inaceitavelmente tortas.

Mil cédulas hão de substituí-las,
idênticas! utópicas!

Ingênuas cópias
tão originais e próprias de tudo.

Tudo escorre e cai
tais os mais reais
relógios de Dalí.

Se ausente daqui,
pulsos cortados
contra a corrente.

Diante do luto
pelo absoluto,
O Grito.

carlos disse...

Um poema meu pra você!
E obrigado por tudo que vc, mesmo de longe me mostrou...
Muita paz e saúde em 2013!

Sem sentido

Não sou homem deste deus
Já não valho mais que o nada
Nada nada nada nada nada
Tudo quero
Nada posso
Neste mundo de ilusão
São são são são são
Nada quero mais do nada
Passo longe disto tudo
Não tenho mais a minha vida
Vida vida vida vida vida
Muito menos a alegria
Ria ria ria ria ria
Não me importa os valores
Como a tal felicidade
Idade idade idade idade idade
Vago só pelo o asfalto
Na noite fria dos meus sonhos
Sonhos sonhos sonhos sonhos sonhos
Como um homem sem palavra
Lavra lavra lavra lavra lavra
Que trabalha sem descanso
Canso canso canso canso canso
A vida toda, como todas
Corre cega pelo vento
Vento vento vento vento vento
A procura destes sonhos
Esquecidos pelo tempo
Tempo tempo tempo tempo tempo

Abraços,

Carlos Perez

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Antonio Cicero disse...

Obrigado, Erick. Fico contente de ter a ver com seu interesse crescente pela filosofia.

Abraço

João Renato disse...

É impossível não pensar no suicídio, sobretudo quando alguém próximo o escolhe como solução.
Também tenho um poema para ele:

"Nada que se cumpra
é tão perfeito, acabado, eterno
e irreversível como o suicídio.
Diante dele, parentes e amigos estancam perplexos,
com dúvidas, culpas
e o ônus do féretro.
Provisório é todo o resto:
a vida, o amor, os versos ..."

Anônimo disse...

Não havia pensado desta forma até então. Nietzsche sempre nos surpreende com seu contraponto no pensamento ocidental - o senso-comum.

Por causa da minha formação católica, privei-me do consolo no pensamento suícida por muito tempo. Hoje, eu o aceito como algo natural para muita gente como eu, como nós. É como uma espécie de rito de passagem das noites mais sombrias.

Abraço, obrigado, e feliz ano novo.

Unknown disse...

AMANHÃ, dia 20/12, às 16h, haverá um chat online com o relator do projeto no site da Câmara. Para participar, basta entrar no site da Câmara no horário e clicar no banner para o chat.

Link para do debate: http://www2.camara.leg.br
(disponível apenas às 16h da quinta-feira 20/12)

Em pouco tempo, já somamos mais de 18.000 assinaturas na petição do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo contra a liberação da "cura gay" no Brasil. Porém, mesmo assim, o relator do projeto, Dep. Pastor Roberto de Lucena (PV-SP), deu o seu parecer favorável ao projeto.

Segundo a assessoria da Câmara, "No mesmo dia, às 20 horas, Lucena estará na bancada do jornal Câmara Hoje, na TV Câmara, para fazer um balanço da discussão com os internautas. Como o projeto ainda não foi votado pela comissão, este é o momento em que o relator pode ouvir a sociedade e acatar sugestões de mudanças no texto."

Desculpe colocar isso aqui, mas acho que um bom argumentador como você pode ajudar a colocar nesse indivíduo pelo menos umas sementinha de dúvida...

Aetano disse...

***

"[...] quis cem vezes matar-me, mas ainda amava a vida. Essa fraqueza ridícula é talvez uma de nossas inclinações mais funestas; pois existe algo mais tolo do que querer carregar continuamente um fardo que se quer sempre jogar no chão? Ter horror ao seu próprio ser? Enfim, acariciar a serpente que nos devora, até que ela nos tenha comido o coração?
[...]"

(Trecho de "Cândido, ou o Otimismo", de Voltaire).

***