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A um apostador
pra mim
o páreo
é dentro
corro
por fora
(aéreo,
atento)
e fim.
MACHADO, Duda "Um outro". In: Crescente. São Paulo: Duas Cidades, 1990.
29.7.09
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BLOG DE ANTONIO CICERO: poesia, arte, filosofia, crítica, literatura, política
2 comentários:
Caro Antonio Cícero,
Perante a beleza deste poema, permita-me que deixe aqui este meu:
ELEGIA PARA O CAVALO ERRADO
neste jogo de cara ou de coroa
lanço os dados da sorte com a mão [esquerda
se aposto no cavalo que ainda voa
de súbito pára junto à erva
(ou o baralho de cartas não tem [ases
ou o gatilho do revólver não [dispara)
Domingos da Mota
porra,
que coisa linda, que poema SENSACIONAL!
que imagens!...
tô com o poeta e não abro: o páreo é dentro, é interno, e corro por fora, para melhor observar, observar de fora, da margem, do alto, por sobre, aéreo, mas aéreo e atento, lúcido, para melhor mirar, para melhor reter.
e fim.
beijo, meu porto de luz!
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