Eu ontem vi-te...
Eu ontem vi-te...
Andava a luz
Do teu olhar,
Que me seduz
A divagar
Em torno de mim.
E então pedi-te,
Não que me olhasses,
Mas que afastasses,
Um poucochinho,
Do meu caminho
Um tal fulgor
De medo, amor,
Que me cegasse,
Me deslumbrasse
Fulgor assim.
LIMA, Ângelo de. "Eu ontem vi-te...". In: Poemas de amor. Antologia de poesia portuguesa. Org. por Inês Pedrosa. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2005.
Um comentário:
Oh, que essa vida
que me convida
para a bem aventurança
Não pode estar enganada
Ao pequeno sinal
despercebido, no quintal,
um ramo, uma flor,
quiçá um significado
um codinome do amor,
Entregue na vertigem
qual fosse uma virgem
inebriada a teus pés.
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