Um aviador irlandês prevê a morte
Encontrarei meu fim no meio
das nuvens de algum céu sobejo;
os que combato, eu não odeio,
também não amo os que protejo;
Kiltartan Cross é meu país,
seus pobres são a minha gente,
nada a fará mais infeliz
do que já era, ou mais contente.
Não é por lei ou por dever,
turba ou políticos, que luto,
mas pelo afã de me entreter,
a sós, nas nuvens em tumulto.
Tudo na mente foi pesado:
nada que espere ou que recorde
vale-me a pena comparado
com esta vida ou esta morte.
An Irish airman foresees his death
I know that I shall meet my fate
Somewhere among the clouds above;
Those that I fight I do not hate
Those that I guard I do not love;
My country is Kiltartan Cross,
My countrymen Kiltartan’s poor,
No likely end could bring them loss
Or leave them happier than before.
Nor law, nor duty bade me fight,
Nor public man, nor cheering crowds,
A lonely impulse of delight
Drove to this tumult in the clouds;
I balanced all, brought all to mind,
The years to come seemed waste of breath,
A waste of breath the years behind
In balance with this life, this death.
2 comentários:
Morre-se assim, pelo sonho de voar. E é mais bonito que morrer pela pátria. Porque a morte de cada um nada altera no curso da vida em geral, somos muito desimportantes.
EXTRA! EXTRA!
repetido em jornal:
negro sem gravata
ganha uma gravata
mortal
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