DESCRIÇÃO
[curso Literatura
e conflitos]
Organização:
Eucanaã Ferraz
De 22 a 30 de
novembro, o IMS Rio dá lugar ao curso Literatura e conflitos: uma série de
encontros voltados para obras literárias que apresentam eixos temáticos
relacionados a embates e lutas armadas. Clássicos da literatura universal e
brasileira serão abordados por grandes especialistas em seis aulas. O curso se
realiza no âmbito da exposição Conflito: fotografia e violência
política no Brasil 1889-1964, que apresenta um panorama da fotografia de
guerras civis e outros conflitos armados envolvendo o Estado brasileiro, desde
a Proclamação da República à instituição do AI-5 após o golpe de 1964.
[22.11,
quarta-feira] Ilíada (Homero) | Por Antonio Cicero
Primeiro livro da
literatura ocidental, a Ilíada parece se tratar, pelo título,
apenas de um breve incidente ocorrido no cerco dos gregos à cidade troiana de
Ílion, a crônica de aproximadamente cinquenta dias de uma guerra que durou dez
anos. No entanto, graças à maestria de seu autor, essa janela no tempo se abre
para paisagens vastíssimas, repletas de personagens e eventos que ficariam
marcados para sempre no imaginário ocidental. É nesse épico homérico que surgem
figuras como Páris, Helena, Heitor, Ulisses, Aquiles e Agamêmnon, e em seus
versos somos transportados diretamente para a intimidade dos deuses, com suas
relações familiares complexas e às vezes cômicas.
Mas, acima de
tudo, a Ilíada é a narrativa da tragédia de Aquiles. Irritado
com Agamêmnon, líder da coalizão grega, por seus mandos na guerra, o célebre
semideus se retira da batalha, e os troianos passam a impor grandes derrotas
aos gregos. Inconformado com a reviravolta, seu escudeiro Pátroclo volta ao
combate e acaba morto por Heitor. Cegado pelo ódio, Aquiles retorna à carga
sedento por vingança, apesar de todas as previsões sinistras dos oráculos. (www.companhiadasletras.com.br)
Sobre Antonio
Cicero
Membro da Academia
Brasileira de Letras e estudioso da literatura clássica, Antonio Cicero publicou
ensaios sobre Homero e a cultura grega. É autor de livros sobre filosofia,
literatura e artes, dentre os quais A poesia e a crítica(2017),Poesia
e filosofia (2012) e Finalidades sem fim (2005).
Poeta publicou, entre outros, Porventura (2012), ganhador do
Prêmio ABL de Poesia. É também um dos mais reconhecidos letristas da música
popular brasileira.
[23.11,
quinta-feira] Os sertões (Euclides da Cunha) | Por Walnice
Nogueira Galvão
Os Sertões – marco fundamental nos estudos sobre a formação brasileira,
ao lado de Casa-grande e senzala e Raízes do Brasil – foi escrito a partir de
um trabalho jornalístico sobre a rebelião de Canudos, liderada por Antonio
Conselheiro e duramente reprimida pelo governo. Baseada em teorias
deterministas em voga na época, a obra aborda cientificamente a influência do
meio sobre o homem, como mostra a própria estrutura dos capítulos: ‘A terra’,
‘O homem’, ‘A luta’. (http://www.martinsfontespaulista.com.br)
Sobre Walnice
Nogueira Galvão
Escritora e
ensaísta paulista, é professora emérita de teoria literária e literatura
comparada da Universidade de São Paulo. Dedica-se à crítica literária e
cultural e ao estudo da obra de Guimarães Rosa e de Euclides da Cunha. Suas
pesquisas desenvolvidas por décadas em torno do autor deOs sertões culminaram
nos volumes Euclidiana (Prêmio Academia Brasileira de Letras, 2009)
e Diário de uma exposição (2000), reunião de reportagens
realizadas por Euclides da Cunha. É obra sua a edição crítica de Os
sertões, tarefa que levou oito anos, agora em 4ª edição.
[24.11,
sexta-feira] O tempo e o vento (Erico Verissimo) |Por Regina
Zilberman
A saga O
tempo e o vento, de Erico Verissimo, conta uma das histórias mais
espetaculares da literatura nacional e resgatam o Brasil sulista do começo do
século XX. A trilogia — formada por O Continente, O retrato e O
arquipélago — percorre um século e meio da história do Rio Grande do
Sul e do Brasil, acompanhando a formação da família Terra Cambará. Num
constante ir e vir entre o passado — as Missões, a fundação do povoado de Santa
Fé — e o tempo do Sobrado sitiado pelas forças federalistas, em 1895, desfilam
personagens fascinantes, eternamente vivos na imaginação dos leitores de Erico
Verissimo: o enigmático Pedro Missioneiro, a corajosa Ana Terra, o intrépido e
sedutor Capitão Rodrigo, a tenaz Bibiana.(www.companhiadasletras.com.br)
Sobre Regina
Zilberman
Professora do
Instituto de Letras, da UFRGS, atua principalmente nos temas de história
literária, literatura gaúcha e formação do leitor, é autora de diversos textos
e livros, dentre os quais o ensaio “Mulheres: entre o mito e a história”, que
consta do Cadernos de Literatura Brasileiradedicado a Erico
Verissimo publicado pelo Instituto Moreira Salles em 2003. É autora ainda de A
literatura no Rio Grande do Sul (1992), Brás Cubas autor
Machado de Assis leitor (2012) e Estética da recepção e
história da literatura(2015).
[28.11,
terça-feira] A guerra não tem rosto de mulher(Svetlana Alexievitch)
| Por Paulo Roberto Pires
A história das
guerras costuma ser contada sob o ponto de vista masculino: soldados e
generais, algozes e libertadores. Trata-se, porém, de um equívoco e de uma
injustiça. Se em muitos conflitos as mulheres ficaram na retaguarda, em outros
estiveram na linha de frente.
É esse capítulo de
bravura feminina que Svetlana Aleksiévitch reconstrói neste livro absolutamente
apaixonante e forte. Quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho
durante a Segunda Guerra Mundial, mas a sua história nunca foi contada.
Svetlana Aleksiévitch deixa que as vozes dessas mulheres ressoem de forma
angustiante e arrebatadora, em memórias que evocam frio, fome, violência sexual
e a sombra onipresente da morte. (www.companhiadasletras.com.br)
Sobre Paulo
Roberto Pires
Jornalista e
professor da Escola de Comunicação da UFRJ, atuou como crítico literário no Jornal
do Brasil, n’O Globo e na revista Época. É autor
das biografias A marca do Z – A vida e os tempos do editor Jorge Zahar (2017)
e Hélio Pellegrino – A paixão indignada (1998). Publicou
também os romances Se um de nós morrer (2011) e Do amor ausente (2000).
Organizou a obra poética e jornalística de Torquato Neto nos dois volumes da Torquatália (2004).
É editor da Serrote, revista de ensaios do Instituto Moreira
Salles. Em 2016, durante a Flip, mediou o encontro com a escritora Svetlana
Alexievitch.
[29.11,
quarta-feira] A poesia brasileira e a Segunda Guerra Mundial (Carlos
Drummond de Andrade, Oswald de Andrade, Cecília Meireles e Murilo Mendes) | Por
Murilo Marcondes de Moura
Elaborado ao longo
de muitos anos, num processo de múltiplas leituras e interrogações, O
mundo sitiado: a poesia brasileira e a Segunda Guerra Mundial é um
livro raro no panorama atual. Em primeiro lugar, pela amplitude de sua aposta
crítica - flagrar a resposta dos poetas brasileiros ao acontecimento mais
traumático do século XX - e, na sequência, pela fineza e eficácia com que
Murilo Marcondes de Moura, professor de Literatura Brasileira da Universidade
de São Paulo, encadeia seus argumentos.
Após um capítulo
inicial dedicado aos nexos entre a poesia de vanguarda e a Primeira Guerra
Mundial, em que brilham as leituras de poemas de Guillaume Apollinaire, Wilfred
Owen e Giuseppe Ungaretti escritos nas trincheiras, o autor passa a examinar as
marcas do conflito de 1939-1945 na poesia de Carlos Drummond de Andrade, Oswald
de Andrade, Cecília Meireles e Murilo Mendes. Nessa mudança de foco, a
investigação crítica age como um poderoso prisma: parte do movimento intrínseco
de suas respectivas obras para em seguida, ao situá-las diante do acontecimento
histórico de escala mundial, acompanhar as refrações da guerra nos temas e na
voz de cada escritor.
Livro que parece
conter muitos livros dentro de si, O mundo sitiado, ao confrontar
guerra e poesia, abre um campo praticamente inexplorado em nossos estudos
literários - e ilumina de forma aguda e original as relações entre linguagem,
história, mito e participação política num momento central do modernismo
brasileiro. (www.editora34.com.br).
Sobre Murilo
Marcondes de Moura
Professor na
Universidade de São Paulo e dedica-se sobretudo à literatura brasileira do
século xx. Como ensaísta, colaborou em diversos volumes de crítica
literária. Organizou a Antologia poética de Murilo Mendes (2014)
e O mundo sitiado – A poesia brasileira e a Segunda Guerra Mundial (2016),
obra na qual examina as marcas do grande conflito nas poesias de Carlos Drummond
de Andrade, Oswald de Andrade, Cecília Meireles e Murilo Mendes.
[30.11,
quinta-feira] Guerra e paz (Tolstói) | Por Rubens
Figueiredo
Guerra e paz descreve a campanha de Napoleão Bonaparte na Rússia ao mesmo
tempo em que acompanha os amores e aventuras de Natacha, Andrei, Pierre,
Nikolai, Sônia e centenas de coadjuvantes, não menos marcantes. (www.companhiadasletras.com.br)
Sobre Rubens
Figueiredo
Formado em
português-russo pela ufrj, é professor de tradução literária e duas vezes
ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura com o livro de contos As
palavras secretas(1998) e o romance Barco a seco (2002).
Traduziu, de Tolstói,Guerra e paz e Anna Kariênina,
além de Contos completos, Ressurreição e Uma
confissão. Também cabe destacar suas traduções de Oblómov, de
Ivan Gontcharóv, ePais e filhos, de Ivan Turguêniev.
[Perguntas
frequentes]
Quais são
minhas opções de transporte/estacionamento para chegar ao evento?
Linhas de ônibus:
TRONCAL 5 (Alto Gávea - Central – Via Praia de Botafogo), 112 (Rodoviária -
Alto Gávea), 538 (Rocinha - Botafogo), 539 (Rocinha - Leme), ônibus executivo
(frescão) Praça Mauá – Gávea.
Metrô: Integração
Gávea
Estacionamento e
bicicletário gratuitos, a saída é mediante entrega de ticket carimbado pela
recepção.
Como posso
entrar em contato com o organizador se tiver perguntas? Pelo telefone 55 21 3284 7400 ou pelo e-mail imsrj@ims.com.br
Qual é a
política de reembolso? É permitido solicitar o
reembolso integral até 7 dias antes da data de início do evento.
Preciso levar
meu ingresso impresso para o evento? Não é
necessário levar o ingresso impresso, apenas um comprovante de identidade e é
preciso fazer o check in na recepção do IMS.
Posso atualizar
as informações da minha inscrição? A
atualização de informações pode ser feita até 1 dia antes do início do curso.
Minha taxa de
inscrição ou o ingresso podem ser transferidos? A
transferência da matrícula pode ser feita até 1 dia antes do início do curso.
Após o início do mesmo, não é possível fazer a transferência.
O nome no meu
ingresso ou na minha inscrição não coincide com o nome do participante. Há
algum problema?Sim, é preciso que o nome da
matrícula seja o mesmo de quem irá frequentar o curso. Caso tenha comprado o
curso para outra pessoa, é possível fazer a transferência do mesmo até 1 dia
antes do início do curso.
Quem tem
direito a meia-entrada? Estudantes,
professores e maiores de 60 anos têm 50% de desconto em todos os cursos,
mediante apresentação de documento comprobatório no dia do evento.