17.9.12

Teócrito: Epigrama IX.599: trad. de José Paulo Paes




I.599

Olha para essa estátua, ó forasteiro,
atentamente e diz, de regresso à pátria:
"Eu vi em Teos a estátua de Anacreonte,
que entre os antigos foi excelente aedo".
Ah, e do seu pendor por rapazes não
te esqueças, para dizer o homem todo.



Texto grego: clique para ampliar:





PAES, José Paulo (org. e trad.). Poemas da Antologia Grega ou Palatina. Séculos VII a.C. a V d.C. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

3 comentários:

ADRIANO NUNES disse...

Cicero,


que lindo! Grato por compartilhar!

Um poema para você:


‎"pela palavra" - para Antonio Cicero

na solidão da minha casa
toda coisa está acompanhada.
garfo e faca,
quarto e fábula,
tempo e taça,
medo e mágoa.

na solidão da minha alma
é quase sempre tudo ou nada.
palavra velada, palavra
relida, palavra lacrada,
palavra que parece dar
outra palavra, dizer, mas

à socapa,
solta, súbita,
- a palavra
da palavra
que se traça -
logo escapa.



abraço forte,
Adriano Nunes

Antonio Cicero disse...

Obrigado, Adriano! Bonito!

Jefferson Bessa disse...

Muito bom ler e me aproximar da AFIRMAÇÃO com que Teócrito se refere ao pendor de Anacreonte pelos rapazes. Há um traço digno e afirmativo que não se pode esquecer em Anacreonte.
Abraços.
Jefferson.