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Enquanto o poeta exprime apenas seus poucos sentimentos subjetivos, ainda não merece ser chamado de tal; mas assim que ele se apropria do mundo e o exprime, faz-se poeta. E então ele é inesgotável e pode ser sempre novo, ao contrário de uma natureza subjetiva, que logo esgota sua pequena interioridade e se consome no maneirismo.
De: ECKERMANN, J.P.; GOETHE, Johann Wolfgang von. Gespräche mit Goethe in den letzten Jahren seines Lebens. Wiesbaden: Brockhaus, 1975.
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5 comentários:
O poema escorrerá de minhas veias.
Cantará seu grito assaz ouvido e ainda não compreendido.
Milhares de galos iludidos por um falso pôr-de-sol.
Decido onde habito, o que eu penso e onde transito.
Descerá à Terra o amor que temos pelo mundo.
Até aquele que odeia traz amor ao mundo.
Em comum com o Natal, tenho este espírito de fazer compras.
Tenho a solicitude de quem mais odeio.
Sou castigado todo dia por aqueles que mais amo.
Inferno agora. Amor por dentro.
Amor é viga. A rachadura é o pensamento.
O mundo sempre será refeito quando poeticamente chega. E, pelo que o que o poeta é em seu poema, o mundo será reinventado. O mundo que passa pelos poetas será o dos mundos possíveis; superando a limitação das expectativas românticas de arte. Abraço.
Cicero,
Intenso... uma sentença poética!
Bravo!
Abraço forte!
Adriano Nunes.
Cicero,
linda esta citação de Goethe, gosto da amplitude implícita nesta noção de poeta.
é legítimo, então, pensar que muitos poetas haverá que não escrevem poemas, no sentido mais comum atribuído à palavra, mas cuja apropriação do mundo se expressa sob outras formas (escultura, pintura, cinema..)?
(e, por arrasto, pensar que outros haverá que, apesar de escreverem "poemas", não serão tão poetas assim?)
Abraço,
Filipa.
Adorei a sua concepção de poema, afinal de contas você é um dos mais ilustres poetas da literatura brasileira... Muito obrigado por fazer poemas que desencadeia a reflexão de vida
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