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verde-claro
Coroa, manto, brasão
e cetro, pousa.
Minúsculo,
só, nenhum exército.
Seu domínio: o ar,
onde governa em silêncio.
Não sei que nome tem,
insigne inseto,
senhor de toda beleza.
Chamem-no alteza.
De: FERRAZ, Eucanaã. Cinemateca. Vila Nova de Famalicão: Quasi, 2009.
13.2.09
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9 comentários:
eucanaã tem algo de brossa.... uma singeleza, um olhar de quem se espanta como criança.
cícero, faz uma visita ao meu blog: triagem.blogspot.com
abraço!
deixo um poema à moda de brossa:
entre a minha janela e a tua,
um pássaro pousado no fio.
o sol ilumina o pássaro
até que o vôo distorça a figura
e leve meu olhar ao infinito do teu quarto,
do outro lado da rua.
entre a minha janela e a tua,
um ex-pássaro parado.
Nó, esse poema eu quero pra mim!
É um dos melhores poemas que já li.
Muito grato, Antônio Cícero. Um abraço.
Oi Cicero,
Esse poema é lindo, aliás, esse livro todo é maravilhoso. Vi no blog do Caetano que ele se emociona demais toda vez que lê o poema "NÃO". E realmente, é difícil não se emocionar com os poemas do Eucanaã, tão bem trabalhados. Se ele pudesse ler pra gente sempre em voz alta então, melhor ainda, porque ele lê muito bem, diga-se de passagem. Enfim, bela postagem, parabéns.
Grande abraço,
Carlos Eduardo
Beleza e alteza na grandiosa simplicidade da que se vê na natureza. Nos "domínios do ar", um inseto sem nome vive a majestade de ser! Gostei! Abraços.
Cicero,
Lembro-me de quando você postou sobre o lançamento do livro Cinemateca do Eucanaã...Depois fui atrás para comprá-lo e, quando o comprei, postei um poema dele em meu blog. Eucanaã tem uma sensiblidade racional que me impressiona. Gosto muito dos poemas que ele escreve e fiquei muito feliz de ver outro poema dele em seu blog. Vocês dois são duas dádivas da atualidade!
Beijo imenso!
Adriano Nunes.
Amado cicero,
Esse é mais um dos meus poemas que dedico de todo o meu coração para você:
"REVÉS" (PARA ANTONIO CICERO)
É muito difícil
Ser a pessoa certa.
É quase impossível
Esquecer a errada.
Quem ama não quer
Ver o coração
Derramando lágrima,
É, cego, feliz.
É demais estranho
Ter que dizer tudo
Em que estou pensando.
Ó, meu caro amigo,
Sei que sinto tanto!
Sequer os meus vícios
Têm-me suportado.
Todos os meus versos
Têm-me abandonado.
Ó, meu amado amigo,
Na vida, não sei
O que de mim fiz!
Abraço forte!
Adriano Nunes
Antonio,
Sempre ótimo ler Eucanaã! Parabéns pela elegante postagem!
***POEMA SÓ*** (PARA ADRIANO NUNES)
Um poema:
Ponte pênsil
Ponto fóssil
Um só pêndulo
Uma fenda,
Uma fresta
Sempre aberta.
Em minh'alma,
Outro furo
Outro prisma.
Um poema:
A promessa
A proeza
O problema
Próprio bálsamo.
Beijos,
Cecile.
O poeta é impressionável.
O poema é imperturbável.
Ou melhor seria dizer: o poeta é impressionável. O poema é impressionante.
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