Não, não era ainda a era da passagem
do nada ao nada, e do nada ao seu restante.
Viver era tanger o instante, era linguagem
de se inventar o visível, e era bastante.
Falar é tatear o nome do que se afasta.
Além da terra, há só o sonho de perdê-la.
Além do céu, o mesmo céu, que se alastra
num arquipélago de escuro e de estrela.
SECCHIN, Antonio Carlos. "Não, não era ainda a era da passagem". In:_____. Todos os ventos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
Um comentário:
Para além, Cicero! Obrigado por palavras tamanhas!
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