17.7.19

Augusto Frederico Schmidt: "Paz dos túmulos"




Paz dos túmulos

Ó paz dos túmulos
Ó frio das tardes invernais nos cemitérios
Ó mármores gelados, rosas frias, Cristos de gêlo, como vos espero!
Quando serei silêncio e frio apenas?
Quando serei apenas o íntimo da terra?
Quando, enfim, dormirei na paz – na álgida paz?
Ó vento que matais as rosas, vento frio!
Quando me levareis mudando em poeira?
Quando me levareis pelas ruas
Quando me levareis em mim mesmo mudando
Para o grande mar, o grande mar, o grande mar...





SCHMIDT, Augusto Frederico. "Paz dos túmulos". In: BANDEIRA, Manuel (org.). Apresentação da poesia brasileira: seguida de uma antologia. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Cicero, posso deixar um poema?

Lá vai:

Pálidas lápides,
pelas colinas gramadas,
são lares ou cárceres?

Saudações!