Os deuses
Éter calmo! sempre bela me conservas
A alma no meio da dor; e ante os teus raios,
Hélios! se enobrece em valentia
Muitas vezes o peito revoltado.
Ó bons Deuses! pobre é quem vos não conhece;
No peito rude nunca o dissídio se lhe acalma,
E o mundo pra ele é noite, e nenhuma
Alegria lhe medra nem canção nenhuma.
Vós só, com vossa juventude eterna, mantendes
Nos corações que vos amam a candura infantil,
E não deixais que em cuidados e erros
Jamais lhe morra no luto o Génio.
Die Götter
Du stiller Aether! immer bewahrst du schön
Die Seele mir im Schmerz, und es adelt sich
Zur Tapferkeit vor deinen Strahlen,
Helios! oft die empörte Brust mir.
Ihr guten Götter! arm ist, wer euch nicht kennt,
Im rohen Busen ruhet der Zwist ihm nie,
Und Nacht ist ihm die Welt und keine
Freude gedeihet und kein Gesang ihm.
Nur ihr, mit eurer ewigen Jugend, nährt
In Herzen, die euch lieben, den Kindersinn,
Und laßt in Sorgen und in Irren
Nimmer den Genius sich vertrauern.
HÖLDERLIN, Friedrich. "Die Götter" / "Os deuses". In:_____. Hölderlin: Poemas. Org. e trad. de Paulo Quintela. Coimbra: Atlântida, 1959.
[Hölderlin: Gedichte 1800-1804, S. 15. Digitale Bibliothek Band 75: Deutsche Lyrik von Luther bis Rilke, S. 54677 (vgl. Hölderlin-KSA Bd. 2, S. 16)]
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