21.4.18

Aleksandr Blok: "Do ciclo 'Dança da morte'": trad. de Augusto de Campos



Do ciclo Dança da morte

Noite. Fanal. Rua. Farmácia.
Uma luz estúpida e baça.
Ainda que vivas outra vida,
Tudo é igual. Não há saída.

Morres – e tudo recomeça,
E se repete a mesma peça:
Noite – rugas de gelo no canal.
Farmácia. Rua. Fanal.




BLOK, Aleksandr. "Do ciclo Dança da morte". Trad. de Augusto de Campos. In: CAMPOS, Augusto de; CAMPOS, Haroldo de; SCHNAIDERMAN, Boris (organizadores e tradutores). Poesia russa moderna. São Paulo: Perspectiva, 2012.

Um comentário:

bea disse...

Não acredito. Pelo menos para o morto tudo difere, deixa de ser. Para os outros, sim, tudo recomeça; que lhe prefiro o vocábulo continua, duvidosa que sou de recomeços.