O poeta começa o dia
Pela janela atiro meus sapatos, meu ouro, minha alma ao meio da rua.
Como Harum-al-Raschid, eu saio incógnito, feliz de desperdício...
Me espera o ônibus o horário a morte - que importa?
Eu sei me teleportar: estou agora
Em um Mercado Estelar... e olha!
Acabo de trocar
- em meio aos ruídos da rua -
alheio aos risos da rua -
todas as jubas do Sol
por uma trança da Lua!
QUINTANA, Mário. "O poeta começa o dia". In:_____. Nova antologia poética. 2ª ed. Rio de Janeiro: Codecri, 1981.
Um comentário:
Que lindo, que lindo, que lindo!
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