Vendo a noite
Júpiter, Saturno.
De dentro de meu corpo
estou vendo
o universo noturno.
Velhas explosões de gás
que meu corpo não ouve:
vejo a noite que houve
e não existe mais –
a mesma, veloz, em Troia,
no rosto de Heitor
– hoje na pele de meu rosto
no Arpoador.
GULLAR, Ferreira. "Vendo a noite". In:_____. "Dentro da noite veloz". In:_____ Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2015.
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