Os homens ocos
I
Somos os homens ocos
Somos homens empalhados
Apoiados todos juntos
Com chapéus cheios de palha. Ah!
Nossas vozes secas, dado
Sussurrarmos juntos
São mudas, sem sentido,
Como vento em capim ressequido
Ou patas de ratos nos cacos de vidro
De nossa cave seca
Forma sem corpo, sombra sem cor
Paralítica força, gesto sem impulso;
Os que tenham ido
Olhando firme, ao reino outro da morte
Recordam-nos — se tanto — não como perdidos
De almas violentas, mas apenas
Como os homens ocos
Os empalhados.
The Hollow Men
I
We are the hollow men
We are the stuffed men
Leaning together
Headpiece filled with straw. Alas!
Our dried voices, when
We whisper together
Are quiet and meaningless
As wind in dry grass
Or rats' feet over broken glass
In our dry cellar
Shape without form, shade without colour,
Paralysed force, gesture without motion;
Those who have crossed
With direct eyes, to death's other Kingdom
Remember us -- if at all -- not as lost
Violent souls, but only
As the hollow men
The stuffed men.
ELIOT, T.S. "The hollow Men I" / "Os homens ocos I". In: _____. "The hollow men" / "Os homens ocos". In: GALINDO, Caetano W. (org. e trad.). T.S. Eliot. Poemas. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
2 comentários:
Antonio, os cds nos quais voce declama seus poemas estao nas plataformas digitais? Um abraco, Thiago
Caro Thiago,
Não. Pelo menos que eu saiba, não.
Abraço
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