2.3.16

Armando Freitas Filho: "Bob"




Bob

Primeiro amor fora da família.
Primeira língua que me lambeu
deliciosamente morna de desejo.
Primeiro beijo de língua, primeiro
amigo, guardião das sete chaves
de todos os segredos: dos mais
sujos ou íntimos da alma de carne.
Meu meio-irmão de outra raça
ou meu primeiro filho, inconcebível
morto aos quatorze anos.




FREITAS Filho, Armando. "Bob". In:_____. Lar, São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

3 comentários:

ADRIANO NUNES disse...

Cicero,


belo poema! Grato por compartilhá-lo!



Abraçaço,
Adriano Nunes

Pensando alto disse...

Cícero, também adoro esse poema.

Pensando alto disse...

Cícero, também adoro esse poema. Cristina