Anneau de paix
J'ai passé les portes du froid
Les portes de mon amertume
Pour venir embrasser tes lèvres
Ville réduite à notre chambre
Où l'absurde marée du mal
Laisse une écume rassurante
Anneau de paix je n'ai que toi
Tu me réapprends ce que c'est
Qu'un être humain quand je renonce
A savoir si j'ai des semblables.
Anel de paz
Passei as portas do frio
Pelas portas da minha amargura
Para vir beijar teus lábios
Cidade reduzida ao nosso quarto
Onde a absurda maré do mal
Deixa uma espuma tranquilizante
Anel de paz só te tenho a ti
Ensinas-me e volto a saber
O que é um ser humano e a desistir
De saber se tenho semelhantes.
ÉLUARD, Paul. "Anneau de paix" / "Anel de paz". Trad. por Maria Gabriela Llansol. In:_____. Últimos poemas de amor. / Derniers poèmes d'amour. Lisboa: Relógio d'Água, 2002
2 comentários:
"Laisse une écume rassurante", que frase preciosa!
Os últimos versos da tradução não foram bem rendidos. Não é esse o sentido dos versos.
E me reensinas o que é
ser humano quando desisto
de saber se tenho semelhantes.
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