... Peregrinei Onde toda dor Certo dia, Só terá sabor de prazer. Mais alguns momentos E estarei livre, Intoxicado Na mentira envolvente do amor. A vida eterna Surge qual onda diante de mim: Observo do cume, Observo a ti. Ó Sol, deves desvanecer Sob a colina; Uma sombra irá trazer-te Irada frieza. Ó, atire em meu coração amor, Atire até que eu me vá; Até que adormecido, Ainda ame! Eu sinto o fluxo da Correnteza da jovem e generosa morte; Que transforma meu sangue Em bálsamo e éter! Com fé e vontade Eu vivo os dias: Com um êxtase sagrado, Morro a cada anoitecer.
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5 comentários:
Post diferente, ousado. E hoje, teremos duas vezes "meia noite".
Um abraço
Jacinta
Estranha perenidade tem a poesia; algo escrito há mais de dois milênios tem uma forma moderna e atual.
Caro João Renato,
Você tem toda razão. Por isso, resolvi postar o belo texto que Aldous Huxley escreveu, em 1933, sobre esse poema.
Abraço,
Antonio Cicero
NOVALIS
Hinos À Noite
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Peregrinei
Onde toda dor
Certo dia,
Só terá sabor de prazer.
Mais alguns momentos
E estarei livre,
Intoxicado
Na mentira envolvente do amor.
A vida eterna
Surge qual onda diante de mim:
Observo do cume,
Observo a ti.
Ó Sol, deves desvanecer
Sob a colina;
Uma sombra irá trazer-te
Irada frieza.
Ó, atire em meu coração amor,
Atire até que eu me vá;
Até que adormecido,
Ainda ame!
Eu sinto o fluxo da
Correnteza da jovem e generosa morte;
Que transforma meu sangue
Em bálsamo e éter!
Com fé e vontade
Eu vivo os dias:
Com um êxtase sagrado,
Morro a cada anoitecer.
A lua dos gregos tem uma sonoridade invejável.
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